Convenção Coletiva de Trabalho 2024/2025 dos jornalistas já está em vigor

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos jornalistas paranaenses para o período 2024/2025 já está assinada e em vigor. O piso salarial (salário normativo) da categoria no Estado, para a jornada de cinco horas diárias, passou a ser de R$ 4.370,34 desde a data-base da categoria, em 1º de maio de 2024. As demais cláusulas da Convenção foram renovadas e jornalistas mantêm direitos conquistados historicamente - o anuênio de 1% (gratificação por tempo de serviço) sobre o salário da função para cada ano trabalhado, horas extraordinárias remuneradas com 100% (cem por cento) de acréscimo e gratificações por função. O documento pode ser acessado aqui.

A renovação da CCT foi aprovada em assembleias realizadas no último dia 16 de maio nas bases dos sindicatos que representam as e os jornalistas profissionais do Paraná (SindijorPR e do Sindijor Norte PR). Mesmo com a aprovação da proposta das empresas, ficou claro o descontentamento da categoria com a falta de manifestação dos patrões quanto à reposição das perdas acumuladas nas negociações coletivas realizadas desde 2020, com a imposição de reajustes salariais impostos abaixo da inflação. O prejuízo sobre os salários é de 10,41% segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PR). Os sindicatos da categoria assumiram o compromisso de organizar uma campanha permanente de luta pela reposição das perdas e pela valorização das e dos jornalistas.

Reajuste salarial

A proposta de reajuste salarial de 3,23% para a CCT 2024/2025 foi apresentada pelas entidades patronais que representam as empresas de comunicação do Paraná, Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Paraná (SERT-PR) e Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Paraná (SINDEJOR). Os sindicatos de jornalistas, SindijorPR e Sindijor Norte PR, insistiram que o percentual fosse maior, mas a categoria não foi atendida.

São os sindicatos, SindijorPR e Sindijor Norte PR, que negociam o piso mínimo da categoria, mas quem aprova as propostas apresentadas são todas e todos os jornalistas que participam das assembleias. As melhorias trabalhistas só são conquistadas com a participação ativa de trabalhadoras e trabalhadores que contribuem coletivamente para manutenção dos direitos da categoria.