Pesquisa com jornalistas paranaenses identifica que 87% sofrem pressão no trabalho

Na noite da última quinta-feira, 12 de dezembro, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) recebeu os pesquisadores do curso de Psicologia da UFPR para apresentar os dados da pesquisa Saúde Mental e Relações de Trabalho no Jornalismo.

O encontro é o encerramento da terceira etapa de uma parceria entre as entidades, que começou com uma pesquisa aplicada aos trabalhadores da categoria e que disponibilizou, em novembro, atendimento psicológico individual por demanda. O atendimento teve início neste fim de ano e será retomado com o reinício acadêmico na Universidade, quando o SindijorPR irá divulgar novo prazo para consultas.

De acordo com a pesquisa, 87% dos jornalistas afirmaram que sofrem pressão no trabalho e 100% dos que responderam afirmaram que a pressão afeta a saúde. Entre as ocorrências, imposição de horário, sobrecarga, instruções confusas, isolamento, boicote. Também foram mencionadas atitudes como não cumprimentar, falar mal em público, espalhar calúnias. O questionário também identificou um número elevado de agressões verbais, ameaças e intimidação, com periodicidade frequente.

Durante o evento, uma roda de conversa foi realizada entre jornalistas e os pesquisadores, que são orientados pelo professor Márcio Ferraciolli. Além da apresentação dos dados, psicólogo relatou identificação de sintomas decorrentes de pressão no trabalho, esclareceu aspectos relacionados a assédio moral e orientou sobre como é possível denunciar as ocorrências.

A parceria será retomada em 2020, quando a pesquisa será ampliada, com novo questionário e algumas ações estão previstas, como visita a redações junto com os pesquisadores, para esclarecer dúvidas sobre saúde mental.

Para dúvidas, o contato com o sindicato pode ser feito via e-mail saude@sindijorpr.org.br.