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09/01/2023

SindijorPR repudia hostilização e violência a jornalistas por manifestantes bolsonaristas


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público repudiar as atitudes hostis contra profissionais de imprensa durante a cobertura dos desmontes de acampamentos em frente aos quartéis do Paraná e todo o Brasil.


Nesta segunda-feira, 09 de janeiro, uma equipe de reportagem da Band Paraná TV foi hostilizada por extremistas em frente ao Quartel-General do Pinheirinho, em Curitiba. O repórter Bruno Henrique e o repórter cinematográfico Bruno Moura ouviram xingamentos e foram ameaçados pelos extremistas.


Antes ainda, a equipe da RICTV Record também passou por intimidações no mesmo local por manifestantes que permaneciam ao redor do veículo em que o repórter Lúcio André e o repórter cinematográfico Emerson Guidolin estavam. Um dos bolsonaristas se aproximou com uma barra de ferro nas mãos, enquanto outro, aos gritos, tentou abrir a porta do veículo dando socos no vidro. Os profissionais conseguiram filmar a tentativa de intimidação dos manifestantes à equipe da outra emissora, que chegou na sequência.


Ainda na parte da manhã, em frente ao20° Batalhão de Infantaria Blindado, no Bacacheri, em Curitiba, o repórter Angelo Sfair, da Band News FM, também passou por ameaças à sua integridade física. Dentro do acampamento, o jornalista ouviu xingamentos e gritos de um extremista enquanto outros acampados se aproximaram reclamando dos registros feitos pelo profissional. O repórter foi acompanhado até a saída por um manifestante.


“Sozinho e sem respaldo da PM, eu acabei continuando a cobertura bem afastado, para evitar novas ofensivas ou alguma agressão física. Fiquei por lá aproximadamente uma hora até seguir para o Forte do Pinheirinho. Lá fui cercado e constrangido por pouco mais de 20 minutos, mas sem ameaças à integridade física”, relata Sfair.


A ação dos manifestantes contra os profissionais de imprensa fere a Constituição e a democracia, além de cercear o direito de trabalho dos jornalistas, responsáveis por levar informações de credibilidade e segurança à população.



O SindijorPR está apurando outras equipes que também podem ter sofrido agressões ou tiveram seu direito de trabalhar ameaçado.

O SindijorPR condena toda violência por parte dos integrantes dos manifestos e cobra das autoridades estaduais e federais ações urgentes e garantias para que os jornalistas possam ter segurança no seu exercício profissional. A entidade solicita ainda que as empresas de comunicação priorizem a segurança de seus funcionários durante a cobertura dos desmontes de acampamentos e atos de vandalismo pelo país.



Gralha Confere TRE