Apoio total ao Sindicato dos Jornalistas do Município do RJ!
De um lado um enorme conglomerado empresarial, com faturamento anual da ordem de R$ 16 bilhões, pertencente a uma das mais ricas famílias brasileiras: o Grupo Globo.
De outro lado uma pequena entidade sindical de trabalhadores, tentando a duras penas organizar a categoria frente à brutal onda de demissões, ao assédio moral coletivo, à fortíssima influência dos patrões: o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ).
Acostumado a mandar no país, o Grupo Globo habituou-se a dificultar, ao longo de décadas, as mobilizações de jornalistas por melhores salários nas duas principais “praças” em que está sediado: Rio de Janeiro e São Paulo.
Depois que uma gestão combativa tomou posse no SJPMRJ, deixando claro que levaria a sério o mandato recebido da categoria, o Grupo Globo tratou de estimular campanhas de desgaste da entidade. Foi assim após a trágica morte do repórter-cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, em fevereiro de 2014, quando o SJPMRJ tornou-se alvo de ataques gratuitos e ferozes, baseados em falsos relatos.
As hostilidades, incentivadas também, oportunisticamente, por ex-diretores da entidade, tinham a aberta finalidade de destituir a nova direção, empossada havia poucos meses!
E no presente momento, em razão da data-base de 2015 do segmento de rádio e televisão, mais uma vez o SJPMRJ vem sendo alvo de uma intensa onda de mentiras e calúnias, disseminadas com a nítida intenção de abalar a direção da entidade, minar a confiança dos jornalistas nas lideranças da categoria e, “por tabela”, favorecer os patrões.
Tudo isso é muito útil aos proprietários do Grupo Globo, pois desvia a atenção de fatos que, estes sim, deveriam ser objeto do interesse da nossa categoria: 1) a inaceitável demissão em massa praticada em 2015 no jornal O Globo e na InfoGlobo; e 2) a ascensão de João Roberto Marinho, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho à quinta posição entre os bilionários brasileiros, cada um deles possuindo fortuna pessoal estimada em R$ 23,8 bilhões, segundo a insuspeita revista Forbes.
Estamos assistindo a um embate desigual entre o principal grupo oligopolista da mídia brasileira e um pequeno sindicato municipal cuja arrecadação mensal mal consegue pagar seu custeio.
Um conflito desproporcional que reflete em escala local os impasses da sociedade brasileira, na qual o Grupo Globo assumiu um poder único e peculiar, arvorando-se a forjar consensos, ditar regras, eleger e apear governantes, bloquear políticas públicas progressistas, em suma: determinar o que pode e o que não pode.
Por tudo isso, convidamos todos os movimentos sociais, todas as entidades populares e o conjunto do movimento sindical combativo a cerrarem fileiras em defesa do SJPMRJ e contra aqueles que procuram desgastar e enfraquecer a entidade de representação dos jornalistas cariocas.
Por fim, exortamos a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) a tomar posição clara e determinada em apoio ao SJPMRJ, repelindo assim os ataques patronais.
30 de setembro de 2015
Movimento Luta,Fenaj!