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Que rodada, meus amigos, que rodada! Sabe aquela linha entre a vida e a morte, o amor e o ódio, a verdade e a mentira. Pois é, muitas vezes não há lógica nisso. Você pode se perguntar: “o que diabos o Jornaldo ‘tá’ viajando?”. Pois então, nesta segunda rodada da 6ª Copa Renault SindijorPR de Futsal, alguns fatos dividiram minha atenção. Calma, eu explico...
Como meu horário de domingo está todo virado, vou começar minha análise do fim para o começo. As duas últimas partidas do dia 08 de março ficaram para história do Sindijorzão. Em uma das quadras jogava Jornalismorreu x Ace/Coxa e na outra o Catadão x Che Garotos. Haaaaaaaaaja coração nessas partidas amigos.
Primeiro é preciso voltar uns dias no tempo, mais precisamente quarta-feira (4 de março). Neste dia era realizado um amistoso no Sindicato dos Bancários. Fiquei sabendo através de uma fonte e como bom curioso resolvi conferir o que iria acontecer.
Em poucos minutos de pelada, vi o arqueiro do Che Garotos, o Senhor Márcio Miranda, “sentir” uma dor na perna direita, com direito o choro e paralisação da brincadeira. Para piorar, durante a foto oficial do torneio, já no domingo na Stark, o mesmo me confidenciou que estava com o ombro direito também machucado, o motivo? Segundo ele, carregou peso ao deslocar um grande armário em seu local de trabalho. Questionei se ele realmente tinha condições de jogo e ele não deu certeza.
Então chegamos à partida Catadão x Che Garotos. Jogo de tirar o fôlego, com viradas e reviradas de placar. De um lado, Soroca Eterno colocava Che na frente, do outro a estratégia ousada do goleiro linha Falavinha virava o placar para o Catadão. Isso até o personagem do jogo não surgir! Minuto final da partida, Che na frente por um gol, Catadão atacando com cinco e, à queima-roupa, dentro da área, Miranda faz a defesa mais difícil da história do Sindijorzão.
E o Márcio Miranda? Lá estava ele, aclamado pela torcida do Che. Mas fica a dúvida, ele não estava machucado? Ele não estava com seu lado direito comprometido? É ombro, é perna... não estava no DM? Não me venha com a desculpinha de que é o lado esquerdo do Che Garotos que fala mais alto. A simulação desse atleta, que foi às lágrimas na quarta-feira, me deixa uma dúvida: foi superação? Foi dissimulação?
Bom, mas falta a outra partida: Jornalismorreu x Ace/Coxa. E não é que o Jornalismo Ressuscitou? Desta vez, o elenco estava completo. Não faltou gás e o time fez uma baita partida contra o forte Ace/Coxa. Lá e cá, com várias viradas de placar, pênalti perdido pelo time da Ace e um ponto de desequilíbrio: o tal do Kássio. O bicho fez cinco dos seis gols na vitória por 6 a 5.
Veja como são as coisas. Na mesma quarta-feira do mimimi do Senhor Miranda, lá estava Renan, chefe dos jornalistas zumbis. E o que ele me confidenciou? O que? “O Kássio não vai jogar” – “O Kássio tem um almoço de família e é certeza que não jogará”. E para minha surpresa, enquanto me preparava pra assistir a partida, quem eu vejo? Lá estava o Kássio. Ele mesmo, que fez cinco! Que o juiz Marabá chamou de “hiperativo”. “Ele é hiperativo. Corre pra todo lado. Chega junto. Deu uma no Adriano Rattmann! Mas não é maldoso”, confidenciou o mandatário do apito do Sindijorzão 2015.
E aí? Mais uma mentirinha? Coincidência? Conspiração? Dissimulação?
Mas a vida ensina amigos. E durante a partida, lá estava um corpo estendido no chão. Câimbra? Sim! E era o Renan, mandatário do Jornalismorreu, o mesmo que mentiu descaradamente pra esse que vos escreve. Mesmo ajudado pelo massagista oficial do seu time, mais conhecido como Stringa, ele não teve como esconder a ausência de sol nas suas pernas. Sinceramente, pareciam duas mandiocas descascadas. Acho melhor fazer um exame pra ver se não está faltando vitamina D.
Vai... mente pro Jornaldo...
E é por essas e outras que digo: o amor e o ódio andam juntos. Mesmo com essa conspiração provocada por alguns atletas, eu prefiro louvar o esporte em contrapartida às dissimulações de terceiros. Além disso, coloco na conta do destino o fato desses personagens tornarem-se protagonistas de duas das mais disputadas partidas da história do Sindijorzão.
Agora voltamos nossos olhos às outras partidas.
Início da manhã de domingo: 9 horas da matina e o juiz apita para o pontapé inicial do dia. Nas primeiras jogadas tive a certeza de que era um domingão especial. Principalmente pelo fato do Resto do Mundo ganhar um jogo pela primeira vez em sua história! Fogos e mais fotos para eles. Tudo bem que foi contra o Jotão, que também não ganha de ninguém, mas não deixa de ser um feito.
E na quadra ao lado? Meus amigos, que jogo. Relevo e Arfoc empataram em 4 a 4. Daniel Zanela, ao natural, fez três gols e brilhou de novo, mas a dupla quase centenária da Arfoc, Valkiller e Albari, foi o destaque do jogo.
Antes de tudo... aqui vou eu abrir mais um parênteses: esse tal de Valkiller está de sacanagem, é um fanfarrão. Uma semana antes me chamou pra uma coletiva e confirmou, publicamente, sua aposentadoria futebolística. Mais uma traição? Sim. Quando parei pra analisar o jogo, lá estava ele com uma roupa justíssima de goleiro. E não é que pegou muito? Mas aí me pergunto: por que mentir Valkiller? Digo que aquela grandiosa e gigantesca áurea que circundava sua circunferência caiu por terra. Mais uma baixa entre os ídolos.
Mas é como dizem: toda mentira tem um preço. E o mais novo arqueiro tomou muita bolada. Daniel Zanela o bombardeou no melhor estilo Kill Val. Também não podemos deixar de enfatizar que o time da Arfoc é forte e experiente. Conseguiu parar o campeão. Além disso, meu troféu ‘catiguria’ da rodada vai para o maestro da Arfoc, o Sir Albari Rosa. Amigo, o cara fez o gol mais bonito do torneio até aqui. Roubou uma bola na defesa, percebeu o goleirão adiantado e meteu uma cavadinha espetacular. O fato é que a experiência da Arfoc surpreendeu a piazada do Relevo.
Nas outras partidas tudo normal. Refugos numa quadra e Os Tranqueira na outra cumpriram bem a expectativa e foram goleados por Confraria e Sensacionalistas. Os Tranqueira tomaram tanto gol, mas tanto gol, que até um de mão em lançamento direto do goleiro, acabou sendo validado.
E no feminino? O que vi foi uma partida duríssima pela disputa da liderança entre Arsênicas e Dasjor / Gazeta. Um daqueles jogos tensos, truncados, taticamente muito bem disputado. Com um golzinho chorado da Jú Fontes, as Arsênicas saltaram na liderança do torneio.
Mas foi no outro jogo que minha voz começou a ir embora. Tudo caminhava para mais um passeio das Bandnets, com a dupla Vanessa e Patrícia deitando e rolando em cima das Sensacionalistas. Quando o jogo já estava 3 a 0 para as atuais campeãs, a torcida das Sensacionalistas se enfureceu com o técnico Hendryo, que insistia em deixar a estrela do time, RoMari, no banco.
Depois de muitos apelos e já com o jogo perdido, o treinador decidiu escutar a torcida e colocou a craque em quadra. No primeiro lance, o primeiro gol das Sensacionalistas no torneio. Em poucos minutos, a partida já estava 3 a 3 e, acreditem, elas conseguiram a virada. A Mari mal tocou na bola, é verdade, mas sua entrada incendiou a torcida e o time de uma forma nunca vista. Pena que o gás durou só cinco minutos. Logo Vanessa e Patrícia, desta vez com grande colaboração de Renata, Iara e Sabrina, voltaram a tomar conta do jogo e viraram novamente o placar. Mas a alegria das Sensacionalistas mostrou o espírito que se busca nesse torneio, diversão!
O fato é que a rodada do último domingo da 6ª Copa Renault SindijorPR de Futsal foi a mais eletrizante desde que comecei a comentar. Vou além, a edição de 2015 é a mais equilibrada da história. Para se ter uma ideia, nenhuma das 12 equipes do masculino conseguiu ganhar os dois jogos. O único time 100% é o das Arsênicas, e foram duas vitórias mais que suadas.
Para finalizar, parabenizo o time do Refugos. Em duas partidas não fizeram nenhuma falta e não receberam nenhum cartão! Tanto Marabá quanto Baiano não apitaram infrações contra a equipe presidida por Guilherme Carvalho, Silvio Rauth e companhia. É o time ‘Fair Play’. E este é o espírito esportivo do torneio em plena forma meus caros.
É isso. Um abraço a todos e que venha a 3ª rodada.