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09/09/2022

Sindijor alerta jornalistas sobre cuidados com a saúde mental

Sindijor alerta jornalistas sobre cuidados com a saúde mental

Campanha ‘Setembro Amarelo’ pauta a preocupação com o adoecimento mental pela valorização da vida


O lema do ‘Setembro Amarelo’ neste ano é “A vida é a melhor escolha” e trata-se também de uma boa oportunidade para falar sobre a saúde mental dos jornalistas. Organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a campanha promove ações no Brasil desde 2014 com foco na prevenção ao suicídio, mas sem perder de vista que a quase totalidade dos casos está relacionada a doenças mentais – principalmente aquelas não diagnosticadas e/ou tratadas de maneira incorreta.


Uma pesquisa realizada pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), em 2020, apontou que 61,25% dos profissionais brasileiros enfrentou aumento de estresse e ansiedade durante a pandemia. No ano passado, a pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), revelou que 66,2% dos jornalistas participantes declarou se sentir estressado; 34,1% foram diagnosticados com estresse; 20,1% tiveram diagnóstico de transtorno mental relacionado ao trabalho; enquanto 31,4% receberam recomendação médica para fazer uso de antidepressivos.


Os jornalistas estão adoecendo e a cada dia enfrentam desafios mais estressantes para seguir na carreira. De acordo com a publicação ‘Está tudo bem? Guia básico de saúde mental para jornalistas’, produzido pelas organizações Redes Cordiais e ITS Rio, as queixas mais comuns entre os profissionais são: falta de empatia, falta de reconhecimento, falta de transparência na comunicação, comunicação violenta, invasão das folgas pelas pessoas da liderança, desorganização nos processos da redação e sobrecarga de trabalho.


Além destes aspectos, o risco crescente para exercer a atividade em meio à escalada de violência contra jornalistas no Brasil e, no caso paranaense, as dificuldades financeiras impostas pela ausência da reposição da inflação na data-base acabam contribuindo para aumentar a angústia, o estresse e a ansiedade entre os profissionais.


Cultive sua saúde mental


O guia para a saúde mental dos jornalistas (Redes Cordiais/ITS Rio) lista algumas iniciativas para tornar o cotidiano mais saudável para os profissionais do jornalismo. Além da necessidade (inclusive legal) de estabelecer limites claros quanto aos horários e meios para a comunicação profissional, a publicação destaca ainda hábitos como preservar o tempo dedicado ao autocuidado e à família, realizar práticas esportivas regularmente, cuidar da alimentação e do sono, não tolerar a comunicação violenta, entre outros.


Ao perceber que o trabalho está afetando a sua saúde mental, é preciso buscar ajuda profissional e orientação sobre procedimentos para buscar um ambiente profissional menos danoso. Algumas situações, a exemplo da Síndrome do Esgotamento Profissional (Burnout) – reconhecida neste ano como doença ocupacional – podem resultar até mesmo na responsabilização das empresas face ao adoecimento dos trabalhadores.


Jornalistas que necessitarem de auxílio e/ou informações podem procurar o SindijorPR diretamente em sua sede, pelo telefone (41) 3224 9296 e/ou pelo e-mail sindijor@sindijorpr.org.br.

Autor:SindijorPR
Gralha Confere TRE