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24/09/2015

3º Seminário de Imprensa Sindical: Comunicação Sindical para mudar a forma de pensar

3º Seminário de Imprensa Sindical: Comunicação Sindical para mudar a forma de pensar
Mesa debateu o papel da imprensa sindical na mobilização da classe trabalhadora - Paula Zarth
SindijorPR participa do 3° Seminário Unificado de Imprensa Sindical. O encontro é organizado pelo Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora e acontece em Florianópolis-SC, de 23 a 35 de setembro.


Na noite da última quarta-feira, 23 de setembro, teve início o 3º Seminário Unificado de Imprensa Sindical, realizado na Escola Sul, em Florianópolis. O painel de abertura teve a participação das jornalistas Cláudia Santiago, do Núcleo Piratininga de Comunicação, e Cláudia Costa, da CSP Conlutas.


No debate sobre o papel da imprensa sindical na mobilização da classe trabalhadora, Cláudia Costa falou sobre a forma negativa de uso das redes sociais (e sobre o perfil pessoal característico da rede social). Sugeriu que na comunicação sindical sejam produzidas reportagens de qualidade, não só falar sobre a categoria. “Trabalhadores não aguentam o mesmo discurso sempre, mas não temos condições de trabalho para produzir jornalismo de qualidade”, disse a assessora da central sindical CSP Conlutas.


A falta de condições de trabalho foi o foco do 1º Encontro Nacional de Jornalistas Sindicais, realizado de forma independente antes do seminário, na tarde de quarta-feira. Jornalistas de todo o país que atuam em sindicatos de diversas categorias de trabalhadores listaram dificuldades em comum: excesso de trabalho, equipe reduzida, acúmulo de funções, falta de tempo para planejar e pensar ações.


Comunicação: concepção e prática sindical


Cláudia Santiago, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação, entidade referência de comunicação sindical e popular em todo o país, iniciou questionando o porquê do uso da expressão “imprensa sindical”. Para ela, é “comunicação sindical”. “Que identidade vocês querem? Comunicação é a concepção e a prática sindical. A comunicação sindical pode servir para romper com a ordem ou para o retrocesso”, declarou a jornalista.


Para Cláudia, a comunicação da classe trabalhadora quer uma outra sociedade. “E como construir uma outra sociedade? Mudando a forma de pensar”. Cláudia diz que devemos avaliar se os meios de comunicação realmente determinam a forma de pensar. “A comunicação sindical é como criar um filho. A gente fala, dá o exemplo. Mas eles são bombardeados durante 24 horas pelos meios de comunicação, que fazem parte da outra classe. Tudo isso penetra na cabeça das pessoas”, explica.


Existe comunicação sindical?


Para Cláudia Santiago, a comunicação sindical existe com dois fatores: periodicidade definida; e pauta produzida pela direção do sindicato; jornalistas; e delegados de base, que são a ponte entre a categoria e o sindicato. A pauta vai definir se é classe ou corporação. “Não é prerrogativa do jornalista definir a comunicação sozinho. O jornalista é para pensar. É possível ser jornalista de esquerda, mas tem que ter condições. Tem que ir para a rua”, orienta.


Outro aspecto abordado foi a necessidade dos sindicatos investirem também nos movimentos populares, que não têm condições financeiras de produzir materiais de comunicação. “Podemos ter imprensa de qualidade. Eu sei que a maioria busca notícias no UOL, na Globo, mas não disputar o espaço na rede é loucura”, finalizou.


Cláudia Santiago aceitou vir para o Seminário substituindo seu marido Vito Giannotti, que faleceu recentemente e será homenageado no 21º Curso Anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 18 e 22 de novembro de 2015.


A programação do Seminário de Imprensa Sindical continua nesta quinta-feira, 24 de setembro, com o painel “A informação como mentira: a realidade do jornalismo em um mundo de redes sociais”, com os jornalistas Breno Altman e Gustavo Gindre.Na parte da tarde serão realizadas as mesas “Os movimentos sociais e a disputa comunicacional no Brasil” e “ Condições de trabalho as multifunções na imprensa sindical”.
Autor:Paula Padilha - Terra Sem Males Fonte:http://www.terrasemmales.com.br/
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