Inacreditável! Absurdo! São estas as principais expressões que se lê nas redes sociais, hoje (29), para definir a bestialidade das ordens de ataque do governador Beto Richa e do secretário de Segurança no Centro Cívico.
O governo Beto Richa chegou ao auge do autoritarismo, falta de democracia, repressão e desrespeito com os trabalhadores. E a sociedade paranaense se mostra indignada com as cenas de repressão gratuitas desencadeadas pela Polícia Militar sob o comando do governador.
Para impedir professores e servidores públicos estaduais de se expressarem contra o projeto de lei do governo 252/15, que quer meter a mão na previdência do funcionalismo, Beto Richa fez o inimaginável para isolar a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e deixar os deputados governistas à vontade para aprovar o seu projeto sem resistência. Para intimidar a população, cercou a Casa do Povo com grades e policiais, com ordem para reprimir a qualquer custo. Não havia qualquer razão para a truculência.
O resultado da ação, que envolveu tiros de bala de borracha, gás lacrimogênio, uso de helicópteros e grande quantidade de sprays de pimenta, repressão com cães foi até o momento de 107 feridos trabalhadores feridos. A crônica anunciada dessa tragédia já vinha se desenhando pelo método como a Alep foi cercada e a forma como os manifestantes estavam sendo tratados.
Desta vez, a truculência do governador atingiu também a imprensa. O repórter cinematográfico da Band, Luiz Carlos de Jesus, foi mordido por um dos cachorros da polícia, assim como o deputado estadual Rasca Rodrigues. Outro cinegrafista, Rafael Passos, da Catve, e dois repórteres fotográficos, Henri Milleo da Gazeta do Povo e o freelancer André Rodrigues, foram atingidos por tiros de balas de borracha.