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23/04/2014

Começa a greve dos educadores no Paraná

Começa a greve dos educadores no Paraná
Em Curitiba, vigília ocorre na frente do Palácio Iguaçu (*Gibran Mendes - CUTPR)

Professores e funcionários de escolas públicas do Paraná começaram a greve geral nesta quarta-feira (23) por tempo indeterminado (leia pauta de reivindicações aqui). Esta é a resposta da categoria após uma série de tentativas frustradas de negociação com o governo do estado que está descumprindo uma série de normativas, além de não avançar em questões essenciais para o funcionalismo.


São demandas urgentes como a não implementação dos 33% de hora-atividade para o magistério, situação que se arrasta desde o início do ano letivo, a adoção de medidas que prejudicam os trabalhadores como os descontos no auxílio transporte, entre outras reivindicações que compõem uma extensa pauta da APP-Sindicato.


“Hoje damos início a uma grande greve e só temos uma resposta, a nossa greve é justa. O Governo do Estado deixou de cumprir os compromissos que assumiu com a nossa categoria. Nossa greve é política, sim. Porque a nossa pauta de reivindicação é política, mas não é política eleitoral. Nossa greve é para que o governo pague o que nos deve há um ano e meio. Todas as nossas reivindicações são lei. Quem interrompeu o processo foi o Governo do Estado e não nós”, aponta a presidenta da APP-Sindicato, Marlei Fernandes.


Ela recorda que a Lei do Piso, que não está sendo cumprida pelo Governo do Estado, deveria ter sido paga já no início do ano após a aprovação no Congresso Nacional. Do outro lado, a administração pública insiste em afirmar que o reajuste será apenas da inflação. “Isto é achatamento salarial. Demoramos 200 anos para aprovar esta lei e agora o governo não quer cumprir. A Secretaria da Educação emitiu uma nota dizendo que PSS que faltar em sete dias será demitido, mas nós já informamos o Governo do Estado que aí não teremos aula até o final do ano”, projetou. Estes professores, contratados de forma precária e sem concurso público, representam um bom número de profissionais em sala de aula.


A presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz, destacou o fraco papel que a administração estadual assumiu com a educação pública. “Este Governo precisa cumprir o que prometeu na campanha que a educação deveria ser prioridade. Não está sendo. Não está pagando o que deve aos professores. Lutamos tanto por trabalho decente, fizemos uma agenda sobre o tema e este governo não cumpre nenhuma das pautas, onde está inserida a educação pública de qualidade. Todo apoio para APP-Sindicato. Governador, pague nossos professores, pague nossos educadores, pague os nossos funcionários da educação no Paraná”, afirmou.


O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) também manifestou apoio à greve da APP-Sindicato. “Parece que apesar dos três anos e meio de governo, continuam não enxergando as principais reivindicações. A greve de hoje é uma greve pedagógica, para mostrar ao governador como se administra o Estado do Paraná”, afirmou. O deputado Professor Lemos (PT) também cobrou duramente uma posição para as demandas da APP-Sindicato. “A hora-atividade, que já é lei, deve ser implantada na íntegra. O plano de carreira tem pontos novos que não foram implantados . O piso inicial de um funcionário de escola é menor que o mínimo regional”, enumerou.


A categoria seguirá dia em vigília na frente do Palácio Iguaçu por tempo indeterminado. Confira mais imagem da greve em nossa Fan Page clicando aqui.

Autor:Gibran Mendes Fonte:CUTPR
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