Mobilizações ocorrem em Curitiba e outras 16 cidades do Paraná. Na
capital, a concentração será às 17 horas, na Praça Santos Andrade.
A Plenária Estadual do Fórum 29 de
Lutas de Abril realizou no sábado (12) uma plenária estadual com a presença de
movimentos sociais, do campo e da cidade, entidades sindicais, organizações e
partidos de esquerda, somando mais de cem pessoas de diferentes regiões do
Paraná.
No espaço definiu-se a organização de
mobilização no dia 16 de março, com concentração na Praça Santos Andrade, às 17
horas, com caminhada rumo à Boca Maldita, no centro de Curitiba. O Fórum de
Lutas 29 de Abril é uma seção paranaense da chamada Frente Brasil Popular
(FBP),
A pauta é a luta por democracia e
contra o impeachment da Presidência da República, encaminhado por Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), no dia 2 de dezembro. As entidades exigem ainda a saída de Cunha da
presidência da Câmara dos Deputados, bem como a necessidade de outra política
econômica, contrária ao ajuste fiscal, além da manutenção de direitos.Atividades, panfletagens, debates e mobilizações
acontecem também em outras 16 cidades do Paraná.
“O ato vai criticar o autoritarismo do presidente da câmara, Eduardo Cunha, a forma como o congresso está sequestrado pelo interesse financeiros encaminhando propostas que atropelam a constituição. Vamos também pedir outra política econômica, contra os ajustes fiscais. Toda sociedade que se indigna diante do golpe à democracia que está em andamento está convidada, inclusive jornalistas com seus posicionamentos críticos” afirma Pedro Carrano, diretor-administrativo do SindijorPR.
As entidades analisaram como pano de fundo do pedido de impeachment os interesses vindos do que chamam de setores interessados em recompor o programa neoliberal no Brasil, expresso, por exemplo, no texto “Uma ponte para o futuro” do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que implica na ausência do papel do Estado na economia e nos investimentos sociais.
Assim mesmo, ressaltaram que a defesa do jogo democrático e contra o impeachment deve estar conjugada com a necessidade de outra política econômica, diferente daquela adotada ao longo de 2015. “Não queremos golpe e também não queremos nenhum direito a menos. O decisivo será as mobilizações na rua”, afirma Roberto Baggio, da Via Campesina.