O SindijorPR repudia o fato ocorrido com o repórter Juliano Augusto Bortolon, jornalista da Catve, que foi agredido em pleno exercício de sua profissão, na madrugada desta terça-feira (22). “Além de repudiar veementemente mais uma agressão, também cobramos das autoridades competentes uma apuração do caso. Qualquer ato de violência, seja ela física ou verbal, é uma atitude que merece repúdio não somente da entidade de representação de classe, mas de toda a sociedade”, reforça Julio Cesar Carignano, diretor de Comunicação.
O caso
Juliano cobria uma pauta sobre o cotidiano dos estrangeiros
muçulmanos que trabalham no frigorífico de aves na cidade de Marechal Cândido
Rondon.“Para cumprir meu trabalho, fui cedo para gravar a chegada dos
trabalhadores às 5h20. Lá, me deparei com a Assembleia do Sintrascoopa, mas não
fiz nenhuma imagem da eleição que realizavam, fiquei de costas”, contou
Juliano.
Conforme relatou, enquanto exercia seu trabalho, Mauri Viana,
presidente do sindicato e ex-candidato a senador, se aproximou e deferiu um
soco, primeiramente, contra a câmera e, em seguida, contra o jornalista. “Ele
também xingou muito, dizia que eu estava ali a mando da cooperativa, mas uma
coisa não tem nada a ver com a outra. Ele não sabia que estava agredindo um
jornalista, outro cara que me identificou e avisou”, explica.
Outros trabalhadores e profissionais do setor administrativo
da cooperativa também foram agredidos, os acusados foram embora antes da
chegada da polícia militar. O circuito de câmeras do frigorífico gravou o
momento da agressão do profissional de jornalismo e dos demais trabalhadores.
Juliano já fez Boletim de Ocorrência e fará corpo delito. O
trabalhador entrará com ação contra Mauri Viana e contra o Sintrascoopa.
O SindijorPR tentou
contato com a diretoria do Sintrascoopa, mas, até o fechamento da publicação,
não tivemos retorno.