Diretores defenderam pautas de interesse dos jornalistas e pediram rigor na fiscalização dos direitos trabalhistas da categoria
O diretor-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e integrante da direção da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Célio Martins, e a diretora executiva do SindijorPR, Silvia Valim, se reuniram com a nova responsável pela Superintendência Regional do Trabalho, nesta terça-feira (11/04), em Curitiba. Quem assumiu o cargo foi Regina Cruz, sindicalista e ex-presidente da CUT Paraná.
Os diretores defenderam temas fundamentais para a categoria, como a necessidade de atualização da regulamentação da profissão, instituída pelo Decreto-Lei 972, de 17 de outubro de 1969, com alterações por meio do
Decreto 83.284, de 13 de março de 1979.
Na oportunidade, a superintendente demonstrou solidariedade com a causa e se comprometeu a defender a pauta que se soma à luta em defesa da PEC do Diploma, que torna obrigatória a exigência de diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC 206/2012) foi aprovada e pelo Senado e está pronta para ser votada no Plenário da Câmara dos Deputados.
A fiscalização do trabalho realizado por jornalistas em meios de comunicação do Paraná foi outro tema levantado, especialmente no que diz respeito à informalidade no trabalho jornalístico. “Não podemos admitir que jornalistas profissionais estejam se submetendo a trabalhar sem qualquer garantia de direitos. O apoio da Superintendência Regional do Trabalho nesta fiscalização é fundamental para o avanço do jornalismo no estado e na luta contra a precarização das relações de trabalho”, ponderou o diretor-presidente do SindijorPR.
A diretora executiva do SindijorPR, Silvia Valim, lembra que o desmonte da legislação trabalhista e dos órgãos de defesa dos trabalhadores nos últimos anos tiveram efeitos nefastos sobre a categoria. "Temos recebido muitas denúncias, na capital e no interior, de casos de contratos de terceirização fraudulentos. Isso é uma grande preocupação porque se tratam de trabalhadores completamente desprotegidos e à mercê de todo tipo de precarização ", ilustra.