A Casa do Jornalista começou a receber neste mês melhorias no acesso ao prédio e reforço na segurança. As obras foram aprovadas pelas entidades de profissionais da área de Comunicação abrigadas no espaço: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR), Sindicato dos Radialistas Profissionais e dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Estado do Paraná (SindirádioTV), Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado do Paraná (Arfoc), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Estado do Paraná (Sintrag-PR) e Sindicato dos Publicitários do Paraná (STEP).
A primeira melhoria, concluída nesta semana, foi a instalação de um portão eletrônico no acesso à garagem. Com isso, trabalhadores e trabalhadoras da Casa e profissionais que precisam ir às sedes das entidades terão maior facilidade e segurança. O objetivo das entidades é cumprir um plano de melhorias nas instalações da Casa a médio prazo, o que permitirá oferecer melhores serviços aos seus filiados e associados.
O SindijorPR, responsável pela administração da Casa do Jornalista, também iniciou entendimentos com a Associação dos Cronistas Esportivos do Paraná (Acep) com o intuito de estudar as possibilidades de a entidade – que reúne profissionais de comunicação que atuam na área de esportes – também ter a sua sede no local. As conversas com a Acep foram iniciadas em junho, após aprovação de todas as entidades da Casa.
“Estamos muito felizes com essa parceria que nos traz para essa Casa com tanta história e com tantas entidades importantes da comunicação. Conversamos sobre várias possibilidades e, inclusive, a sede do Peladeiro, que é a sede campestre da ACEP atualmente, pode vir a ser uma sede da comunicação com as devidas adaptações necessárias. O importante é que estamos nos aproximando, deixando fluir várias ideias e a conexão tem sido muito positiva”, resume Greyson Assunção, presidente da ACEP, que deve concluir a mudança até o final de agosto.
A diretora Executiva do SindijorPR, Silvia Valim, enfatiza o trabalho que vem sendo realizado para melhorar as condições de atendimento no espaço. “Tivemos uma preocupação muito grande, principalmente, com relação à segurança, mas também temos vários planos para ampliar o potencial da Casa como espaço cultural e quanto à preservação da memória do Jornalismo e da Comunicação no Estado”, expressa.
Biblioteca ativa
Um dos novos ganhos da sede é uma biblioteca com mais de 600 livros. A doação é do jornalista Tomás Barreiros, que acumulou o patrimônio ao longo de seus 40 anos de carreira na Comunicação, sendo 16 na docência.
A biblioteca possui em sua maioria livros de Jornalismo e Comunicação, entre outras áreas mais específicas como Semiótica, Linguística, Educação e Literatura e já vem com a estante que, antes, ocupava o escritório particular na casa de Barreiros.
“Ao longo de décadas, acumulei os livros da minha biblioteca pessoal. Embora seja um patrimônio com algum valor econômico, o valor maior é afetivo, sentimental. Cada livro ali tem uma história, uma relação comigo. Então, confesso que não é nada fácil abandoná-los! Mas, racionalmente, sei que não vou ler todos os livros que tenho. Já li boa parte, já fiz bom uso deles, e, quanto aos que não li, sei que poderei pegá-los no Sindijor quando quiser. A tristeza de um livro é ele ficar abandonado numa estante. Quero que os livros sejam efetivamente usados pela comunidade, porque uma biblioteca estática é triste, os livros precisam sair e voltar para as estantes” resume Barreiros.
O SindijorPR está estudando a possibilidade de fazer a catalogação das obras para que de fato possam ser usadas por jornalistas e estudantes de jornalismo filiados à entidade. E a doação vai aumentar. “Não é uma biblioteca imensa, longe disso, mas tem coleções específicas de áreas variadas. Saberei o número exato de exemplares em uma ou duas semanas. Gosto de saber que no Sindijor as obras provavelmente serão mais úteis do que guardadas na minha casa”, finaliza Barreiros.