O Sindijor reuniu na terça-feira os colegas da Gazeta do Povo para informar os resultados da reunião de segunda-feira com o diretor de Recursos Humanos e o advogado de empresa. O acordo das seis horas de jornada diária está pronto para ser fechado e depende de alguns ajustes legais na redação do texto no tópico sobre folga semanal. Já quanto às horas extras, o Sindijor não tem condições de fechar o acordo, pois foi excluído das negociações. O sindicato solicitou diversas vezes informações da empresa, que se negou a dar detalhes pormenorizados dos valores, em especial da hora sobre a qual se fizeram os cálculos. Foram repassados somente os valores propostos para cada jornalista e o número de parcelas em que seria feito o pagamento, e o que se constatou foi que não havia uniformidade na forma de cálculo. Numa simulação feita pelo Dieese tendo como base o valor das horas extras, a perda que os jornalistas teriam se não fossem aplicados o adicional de 100% e os reflexos em 13º salário e horas extras chega a 58% do valor devido. Um jornalista que ganhe R$  2.500,00 e tenha feito 100 horas extras, por exemplo, faria jus a um valor de R$  3.969,44. Sem o adicional e os reflexos, ele deixaria de receber R$  2.302,78 e ficaria somente com R$  1.666,67. O Sindijor colocou-se à disposição para prosseguir na negociação, desde que participe de todo o processo e tenha acesso a todos os valores. Da forma como foi apresentado, o acordo só poderá ser aceito individualmente, sem o aval do sindicato, que, se fosse dado, iria conferir mais legitimidade à negociação. No entanto, mesmo assinando o acordo, o jornalista poderá reivindicar futuramente o valor não pago.