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06/12/2021

Jornalistas do Estado de Minas começam a semana em greve geral

Jornalistas do Estado de Minas estão em greve geral em protesto contra o não pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e atraso no salário. Também não há diálogo sobre os problemas recorrentes e nenhuma previsão oficial de pagamento.

Em um comunicado via Whatsapp, o jornal se comprometeu a pagar "nos próximos dias". Também estão sem receber os gráficos e os trabalhadores da administração.

Em novembro, grande parte dos salários que deveria ser quitada no quinto dia útil, foi paga somente no fim do mês. Além dos atrasos, a empresa não paga adicional noturno, hora-extra, não recolhe FGTS e não paga abono de férias, mas lança no contra cheque, motivo de enorme revolta entre os trabalhadores.

Quem saí de férias também não recebe o salário antecipado e quando retorna ao trabalho custa a receber seus vencimentos, sendo duplamente penalizado.

Na semana passada o jornal não compareceu a uma reunião de mediação agendada na Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE) para discutir uma solução para o problema. Uma nova reunião está marcada para amanhã (7/12) com a participação de todos os sindicatos que representam os trabalhadores da notícia .

A expectativa é que a empresa compareça e apresente uma proposta para quitar os débitos, caso contrário todas as categorias podem paralisar suas atividades.

Além da greve por salário e décimo terceiro, os jornalistas do Estado de Minas também estão com os vencimentos super defasados.

Em abril de 2016, a empresa jornalística cortou o salário dos jornalistas em 30%, sob alegação de que esse corte seria necessário para garantir os empregos e colocar os débitos com os trabalhadores em dia. Nada disso aconteceu.

Logo após o corte, dezenas de jornalistas foram demitidos com o acerto reduzido e nenhum direito foi colocado em dia.

O "grande jornal dos mineiros" não paga FGTS, abono de férias, adicional noturno, horas extras e não recompõe as perdas inflacionárias desde 2018, corroendo o poder de compra do trabalhador, que não aguenta mais arrocho e atrasos.

O INPC acumulado nesse período, levando em conta a data base da categoria ( todo dia 1° de abril ), é de 14,97% , segundo simulação feita pelo site do IBGE.

Autor:SindijorPR Fonte:SJPMG
Gralha Confere TRE