esqueci minha senha / primeiro acesso

notícias

17/09/2004

Sindijor não abre mão da defesa dos direitos de jornalistas da Gazeta do Povo

Há quatro meses, a Gazeta do Povo vem negociando com seus jornalistas um acordo que visa a zerar seu passivo trabalhista anterior à implantação do cartão-ponto, ocorrida em maio deste ano. Embora tenha dito que queira e na verdade precise da aprovação do sindicato, que representa a categoria e tem o dever de defender os jornalistas do Estado, em nenhum momento a empresa chamou o Sindijor para participar da negociação. No começo deste mês repita-se, após quatro meses de negociação , enviou ao sindicato uma relação de jornalistas e, ao lado, o valor que cada um deverá receber da empresa. Não havia no documento nenhum tipo de explicação sobre o acordo. Qual o número de horas extras feitas por cada funcionário? Qual o salário que serve de base para o cálculo? Qual o reflexo dessas horas sobre FGTS, décimo terceiro, férias? De quanto cada funcionário está abrindo mão neste acordo? São perguntas que ainda estão por ser respondidas. Ciente de seu dever, o sindicato encaminhou à empresa um ofício pedindo que estas informações fossem encaminhadas. Só assim será possível saber se o acordo é bom ou não para os jornalistas. Só assim o sindicato pode dar seu aval sem ser leviano. A empresa convocou nesta sexta-feira uma reunião com os funcionários, sem ter ainda respondido ao sindicato sobre seu pedido, para dizer que não tem como prestar estas informações. Ora, então a empresa não sabe como foi feito o cálculo para cada caso? É claro que sabe. E tudo o que se pede é que isso seja deixado transparente para quem deveria ter sido chamado como negociador desde o começo. O discurso da empresa parece colocar o sindicato em uma posição de mero homologador do que foi decidido entre empresa e funcionários. O sindicato não entende que deva ser assim. Não quer assinar embaixo algo a que não teve acesso. Até porque já houve casos de jornalistas que afirmaram ao sindicato terem concordado com os termos da negociação por se sentirem pressionados. O Sindicato dos Jornalistas do Paraná reafirma sua condição de defesa da categoria e defende que o acordo só seja homologado quando se tornar transparente e, mais do que isso, satisfatório para todos os envolvidos.

Fonte:SINDIJOR-PR - tele-fax (41) 224-9296
Gralha Confere TRE