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29/11/2019

Debate aborda organização sindical num cenário de crescimento da precarização do trabalho

No final da tarde desta sexta-feira, 29 de novembro, o diretor-técnico do Dieese, Victor Pagani, apresentou aspectos da contrarreforma sindical (PEC 196/2019) e da MP 905/2019 num cenário de crescente precarização do trabalho. A mesa “Contrarreforma sindical e estratégias para a ação sindical local e global” também teve a presença de João Caires, da direção nacional da CUT, com mediação da 2ª vice-presidenta da FENAJ, Samira de Castro.


Victor Pagani situou macrotendências relacionadas ao trabalho no país, um quadro desfavorável com a aprovação de leis como a da terceirização, da reforma trabalhista, da previdência e a PEC do Teto dos Gastos.


Os dados mais recentes da PNAD/IBGE sobre o mercado de trabalho mostram que se aumenta a ocupação, aumenta a informalidade e a força de trabalho subutilizada atinge 27 milhões de pessoas.


Victor lembrou que a MP 905/2019, que extingue o registro profissional de jornalista, estabelece a carteira verde e amarela, sem previdência pública nem direitos e que ainda que seja implantada para quem começa a trabalhar a partir de agora, seria um teste para estender para os demais trabalhadores no projeto de Paulo Guedes.


A MP intensifica a jornada de trabalho, enfraquece o registro, a fiscalização e a punição, fragiliza saúde e segurança, reduz o papel de negociação coletiva e de ação sindical e, o mais absurdo, na opinião de Pagani, a taxação de desempregados, “uma tragédia social sem perspectiva de melhorar”.


Já a PEC 196/2019, da reforma sindical, é um modelo apresentado como proposta alternativa, mas que é controversa entre as centrais e os principais aspectos são a liberdade e autonomia sindical, fim da unicidade e do sistema confederativo e com a criação de um conselho nacional de organização sindical.


João Caires, diretor da CUT Nacional, situa que o desafio é muito grande para o movimento sindical num cenário em que “1 bilhão de pessoas trabalham em profissões criadas nos últimos anos”.


O dirigente falou sobre a correlação de forças do movimento sindical na aprovação de diversas leis que prejudicam os trabalhadores. Para ele, “passaram facilmente a reforma trabalhista nos criminalizando e a gente não dá a resposta de dizer para a população que onde tem sindicato forte tem país rico”.


Caires apresentou alguns posicionamentos e articulações da CUT sobre a reforma sindical e a MP 905.


O Seminário Sindical teve transmissão ao vivo pela conta da FENAJ no facebook (@fenajoficial) e os vídeos podem ser acessados. À noite, os jornalistas organizam um ato público em defesa do registro profissional nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, às 18h30, convocado pela FENAJ e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo. Nos dias 30 de novembro e 01 de dezembro, a direção da FENAJ realiza seu planejamento de gestão.

Autor:Paula Padilha Fonte:Fenaj
Gralha Confere TRE