O auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) ficou lotado nesta segunda-feira (21) para o lançamento do manual de comunicação LGBTI+, organizado e escrito pela Aliança Nacional LGBTI e pela Rede GayLatino. O material tem como objetivo contribuir para reduzir preconceitos e estigmas sofridos pela população LGBTI+ (de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e outras identidades de gênero e sexualidade, representadas pelo “+”). A ideia é incentivar um Jornalismo mais inclusivo, que também facilite a vida de profissionais e estudantes.
O diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis, fez o lançamento do material. Antes do evento começar, ele recebeu estudantes de Jornalismo para uma coletiva de imprensa, explicando as dificuldades enfrentadas durante a adolescência com a sua orientação sexual. Ele também fez um resgate histórico, lembrando, inclusive, que o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros foi o primeiro regramento a mudar o uso do termo de “opção sexual” para “orientação sexual” (já que ninguém escolhe, de forma consciente, sua orientação).
Reis falou sobre os conceitos de identidade / expressão de gênero e sexo biológico. Também citou termos que não devem ser usados, as bandeiras levantadas pelos movimentos, o combate à LGBTfobia (medo, aversão ou ódio irracional a pessoas LGBTs), entre outros pontos. “Nós ainda estamos devagar com a comunicação no Grupo Dignidade (do qual Reis é um dos fundadores). Nossa ideia é fazer algum projeto neste sentido, pois sabemos da importância que a comunicação traz. Acredito que este manual já é um passo para melhorar essa questão”, conta.
De acordo com a diretora de cultura do SindijorPR, Annelize Tozetto, que representou o Sindicato no evento, ter acesso à informação precisa é fundamental para combater preconceitos, como o racismo e a LGBTfobia. “O manual é didático e fácil de entender. Foi importante o auditório estar cheio de estudantes, conversar com o Reis e ver jornalistas no local", opina. Tozetto diz ainda esperar outras parcerias com o Dignidade e a Aliança Nacional LGBTI. Sobre a publicação, a diretora afirma que será utilizada também pelo público interno, já que há jornalistas lésbicas, gays, trans e bissexuais. “Esse tipo de iniciativa ajuda a não propagar o preconceito e a construir um novo tipo de sociedade".
O manual de comunicação LGBTI+ pode ser baixado gratuitamente
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