O cenário para jornalistas com a aprovação da reforma trabalhista é temerário. Se com o regime atual já é extremamente comum encontrar profissionais que atuam como pessoa jurídica (PJ), com a “flexibilização” da CLT a situação só vai piorar.
Para detalhar todas as mudanças e apontar como enfrenta-las, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná promovem, no dia 11 de novembro, um seminário com advogados trabalhistas e economistas que vão tirar dúvidas da categoria sobre a reforma. A atividade será às 09 horas, na sede do SindijorPR (Rua José Loureiro, 211, Centro). Para se inscrever clique
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Uma das preocupações dos dois sindicatos é a de que o mercado de trabalho obrigue o jornalista a se “pejotizar” caso queira continuar na profissão. “A pejotização é uma realidade enfrentada pela categoria, em particular nas assessorias de imprensa. Além de não ter o registro em carteira, jornalistas são obrigados trabalhar além da jornada de cinco horas, gastar com contador, entre outros. É importante que tanto jornalistas mais antigos quanto recém-formados estejam preparados do que vão enfrentar daqui para frente”, analisa o diretor-presidente do SindijorPR, Gustavo Vidal.
Vidal também fala sobre os abusos sofridos pela categoria com a pejotização do trabalho. “Jornalista não vai ter vínculo profissional, podendo ser dispensado de uma hora para outra sem qualquer direito trabalhista. O trabalho ficará ainda mais precarizado e os benefícios trabalhistas e previdenciários podem ser extintos. Além disso, o próprio piso salarial tem o risco de ser desrespeitado”, alerta.
O SindijorPR e o Sindicato do Norte do Paraná são contra a reforma trabalhista e defendem a sua revogação. Os sindicatos entendem que o retrocesso profissional será enorme e os direitos conquistados ao longo dos anos serão perdidos, levando jornalistas a prejuízos sociais e trabalhistas.