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27/10/2015

Debate sobre mídia pública acontece nesta quinta-feira (29)

Debate sobre mídia pública acontece nesta quinta-feira (29)


Comunicadores, artistas e a sociedade em geral vão se encontrar, nesta quinta-feira (29), para debater sobre Comunicação Pública, às 19h, no auditório da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Campus Juvevê, em Curitiba.


Promovido pela Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex-PR) e SindijorPR, e com apoio do Departamento de Comunicação da UFPR e do Grupo de Pesquisa Comunicação e Democracia, o evento conta com a presença de Jonas Valente. Jornalista da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e coordenador do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Jonas há muito tempo se dedica à pesquisa e militância política para defender os princípios da comunicação pública.


No debate será abordado o porquê de os veículos de comunicação em geral – e os de caráter público, em especial – terem o dever de dar voz a diferentes interpretações de mundo e divulgar a cultura local e regional. Além disso, os convidados também vão discutir o porquê, neste momento de retrocesso de conquistas dos trabalhadores e avanço do pensamento conservador, também precisamos discutir o papel da mídia pública para a defesa da democracia; e porque precisamos cobrar que os veículos de comunicação pública do Paraná sejam, de fato, públicos.


Nesse sentido, o evento nasce dos anseios de entender o papel dos veículos públicos de comunicação na luta pela mídia democrática e, assim, avançar na defesa da comunicação plural e na condição de trabalho dos jornalistas que estão ali dentro. Para Silvia Valim, diretora de cultura e eventos do SindijorPR, a situação nas redações é precária e os veículos públicos, que deveriam ser exemplo, estão dentro das premissas de um jornalismo imoral.


 “Como comunicadores temos que entender também nosso papel como educadores. De uma forma ou outra a mídia educa, e discutir a atual situação dos meios de comunicação é dar um passo ao encontro da ética e da democratização e permitir uma interpretação mais real do que está sendo transmitido. Nós não temos mais um debate da notícia, do que está sendo veiculado e por quem está sendo veiculado. O que queremos é ampliar o horizonte de futuros jornalistas e de quem já está no mercado de trabalho e sabe decor o combinado ‘abuso de poder + acúmulo de função + redução de vagas’”, completa.


SindijorPR se aprofunda no debate sobre mídia pública


Desde 2012 o SindijorPR segue na busca de compreender e amadurecer no debate sobre mídia pública, estudando, inclusive, o Estatuto da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para ver os pontos fortes que favorecem os jornalistas.


“A gente tem analisado o seguinte em relação ao tema, inclusive pensando sobre a E-Paraná: tanto na rádio quanto na TV, três pontos têm balizado nossa pesquisa e denúncia sobre e mídia pública. Um deles é sobre a necessária participação social nos rumos da TV e Rádio, ou seja, controle social; também é necessária autonomia para o conteúdo jornalístico, os veículos precisam ter jornalismo; e é necessário, o terceiro ponto, concurso público e condição de trabalho para o jornalista”, aponta Pedro Carrano, diretor administrativo do SindijorPR.


Semana pela democratização da comunicação


 Convocada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, a ‘Semana’ tem por objetivo chamar atenção para a importância da atualização do marco legal para as comunicações, que contemple todos os setores da sociedade.


Neste contexto, duas frentes se tornam necessárias: a coleta de assinaturas ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática e a cobrança para que o Poder Público tome medidas imediatas para avançar na garantia e promoção da liberdade de expressão.


Vale lembrar que menos de dez grupos familiares concentram os principais meios de comunicação no Brasil, numa verdadeiro esquema de monopólios e oligopólios em âmbito regional e nacional. Além disso, cerca de 25% dos senadores e 10% dos deputados controlam concessões de rádio e televisão, violando a Constituição Federal de 1988 e desequilibrando o jogo democrático da representação política.

Autor:Laís Melo e Comunicação Frentex
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