esqueci minha senha / primeiro acesso

notícias

26/04/2013

Sindicalismo rural no Paraná tem nome: José Lázaro Dumont

Sindicalismo rural no Paraná tem nome: José Lázaro Dumont
O Sindijor PR recebeu das mãos da jornalista Marilena Wolf de Mello Braga o livro “Vidas – A vida que vivi: O Sindicalismo rural no Paraná por quem o fez”
Para entender a importância dessa obra é preciso dizer que o Paraná, um estado agrícola, deve muito aos trabalhadores rurais. Este trabalho, que relata uma grande história de vida, revela também a força do homem que criou a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná – José Lázaro Dumont. Ele escreve o livro e deixa a cargo da jornalista Marilena Wolf de Mello Braga a edição/coordenação do trabalho.
Segundo o pesquisador Cláudio Dedecca, da Unicamp, no Paraná, um milhão e duzentas mil pessoas estão diretamente ligadas ao campo. Esse número se deve ao forte trabalho iniciado pelo paulista José Lázaro Dumont, que começou sua vida sindical nos Círculos Operários. Após mudar-se para o Paraná, em Porecatu, na década de 60, Dumont aumentou sua ação sindical instalando, junto a outros trabalhadores, diversos sindicatos rurais.
Com o passar dos dias e com a organização das entidades, José Lázaro e outros companheiros de luta envolvidos nos movimentos dos trabalhadores rurais, criaram a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná – Fetaep. Dumont foi o primeiro presidente, ficando na direção da entidade por 19 anos (1963/1982).
Reconhecimento
A importância do trabalho por justiça no campo levou José Lázaro Dumont ao Vaticano, onde participou de audiência especial com o Papa Paulo VI. Também representou os trabalhadores rurais em conferencias da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Na política, Dumont foi deputado estadual pelo Paraná e é cidadão honorário de 60 municípios no estado.
José Lázaro recebeu convite da embaixada dos EUA para conhecer o sindicalismo norte-americano, realizou palestras em Harvard, é cidadão honorário de Beatrice, Nebraska. Em 1977 realizou, na Assembleia Legislativa do Paraná, o II Simpósio Nacional da Soja, debatendo a nova cultura para época (após a geada negra de 1975, as plantações de café foram praticamente aniquiladas).
O sindicalista aposentou-se em 2005, na Fundação Itaipu, onde trabalhava no Comitê de Relações Trabalhistas.
Curiosidade
O Sindijor fez a “ponte” para o início dos trabalhos desta obra. Lázaro Dumont entrou em contato com a entidade com a intenção de conseguir o contato de Marilena Wolf de Mello Braga. A partir daí, foram oito meses de adaptação dos textos, entrevistas, viagens pelo interior do Paraná e atualizações de informações. “Definimos três aspectos na obra: pessoal, sindical e político. A maior parte da ação se passa durante o período de Ditadura, o que me exigiu, como editora, uma abstenção total da realidade de hoje. Uma história recente pede cuidados extras, pois muitos dos protagonistas estão vivos e têm visão e opinião dos fatos narrados”, relata Marilena Wolf de Mello Braga. Esta obra supre uma lacuna bibliográfica sobre o meio rural. “Como editora e coordenadora, foi uma grande responsabilidade, já que tive uma rica história a conduzir do princípio ao fim”, conclui a jornalista.
Serviço
O livro "Vidas: a Vida que Vivi", 248 páginas, pode ser comprado diretamente com a Editora Fortuna e Virtude pelo fone:  41 - 33131718, a R$ 50,00.
 
 
Por Regis Luís Cardoso (*foto: Maria Júlia Graf)
Gralha Confere TRE