esqueci minha senha / primeiro acesso

notícias

12/12/2003

Doutor Francisco não tem coração!

Parece que as lições de São Josemaría Escrivá não se fixaram no coração e na mente de Francisco Cunha Pereira Filho, proprietário da Gazeta do Povo. Às vésperas do Natal, o tão piedoso cristão não demonstra a mais mínima sensibilidade com os jornalistas de sua empresa e das demais empresas do Estado. Além de ter promovido atos de total desrespeito com os profissionais da imprensa, como a demissão ilegal em massa no início do ano passado, agora, o diretor presidente da Gazeta quer também que todos os jornalistas do Estado tenham seus salários arrochados. Ele está interferindo diretamente na negociação da nossa convenção coletiva, que estava prestes a ser assinada, conferindo a nós a principal reivindicação – a reposição integral da inflação. No entanto, no momento final – como uma espécie de Providência Divina às avessas –, a mão da Gazeta interferiu e impediu que nosso aumento fosse concedido. Após aportar na era da “responsabilidade social”, a Gazeta já está demonstrando o quanto se preocupa com as pessoas. Alguns de seus funcionários passeiam alterosos em seus belos carros do ano. Ótimo! Só falta avisar ao Doutor Francisco que os jornalistas também são humanos. E eles, por mais de um ano, tiveram de suportar aumentos nas contas de gás, energia elétrica, gêneros alimentícios – tudo sem reajuste de salário. É bom também lembrar que a Gazeta do Povo elevou em dezembro de 2002 seu preço em banca de R$  1,25 para R$  1,50, um aumento de 20%; na mesma época, as edições dominicais passaram de R$  2,50 para R$  3,00. As tabelas de publicidade em um ano aumentaram quase 25%. Mesmo assim os homens do castelo recusam-se a ouvir a plebe. Lá de cima, eles só exigem mais trabalho “para crescer”, mas, ao chegar o momento de colher os frutos, dizem que o vinhedo está seco. Diante disso, fica difícil para os jornalistas encontrar outra coisa no trabalho que não amargor e decepção, não é mesmo? Mas, como diz o anúncio, “Gazeta do Povo, respeito por você”.
Fonte:SINDIJOR-PR - tele-fax (41) 224-9296
Gralha Confere TRE