O jornalista Arnaldo Alves da Cruz faleceu na noite da última quinta-feira em Curitiba, aos 55 anos. Diretor de redação da Gazeta do Povo, onde ingressou na década de 70, Arnaldo, que também era advogado, trabalhara na TV Paranaense e Diário Popular. Em 1976, juntou-se a outros jornalistas para fundar a Associação de Defesa e Orientação do Cidadão (Adoc), uma entidade para a defesa dos interesses consumidor/cidadão. A intenção era dar voz a reivindicações dos consumidores que, isoladamente na imprensa, poderiam ser vistas pelo regime militar como ações “subversivas”. Hoje, a Adoc é a mais antiga entidade do gênero em atividade no país. No Sindijor, Arnaldo teve uma longa atuação. Permaneceu por quatro gestões, entre 1979 e 1991, em cargos diversos da diretoria. No início dos anos 80, como diretor do sindicato, Arnaldo atuou para depurar os registros profissionais de inscrições fraudulentas, entre as quais muitas de agentes do Serviço Nacional de Informações (SNI) infiltrados entre a classe, para tentar controlar as redações. A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná manifesta o seu pesar pelo falecimento do colega.
