O 32º Congresso Nacional dos Jornalistas se encerrou no dia 8, em Ouro Preto (MG), com a aprovação da Carta de Ouro Preto, que pediu imediata entrada em vigor da nova regulamentação das funções jornalísticas, repudiou a adoção do padrão japonês de TV digital, além de ter reivindicado a aprovação do substitutivo dos jornalistas ao projeto de Lei de Imprensa e de ter conclamado a uma mobilização em prol da reapresentação do projeto do Conselho Federal dos Jornalistas. Ficou definido ainda que a Fenaj não apoiará nenhum candidato a Presidência no pleito deste ano, mas que será enviada uma carta-proposta a todos os candidatos. Foi aprovada uma proposta do Paraná, aprovada no Congresso Estadual dos Jornalistas, para que se encaminhe ao Legislativo um projeto de lei para que se exija que websites contem com expediente e, no caso de conteúdo jornalístico, tenham um jornalista responsável. Outra decisão é de que o Código de Ética da Profissão será submetido a avaliação da sociedade e, considerando todas as teses apresentadas, debatido em congresso extraordinário no ano que vem. Foram aprovadas ainda a unicidade e unificação dos trabalhadores em empresas de comunicação. Outra tese foi a ampliação da direção da Fenaj, com a criação de dois suplentes já para a próxima diretoria. Na área de imagem, diante da aprovação do PLC 079/2004 no Senado e eminente sanção presidencial, ficou definido que representantes dos sindicatos se reunirão com diretores de curso de Jornalismo para que se aprimore a qualidade das disciplinas de fotojornalismo e radiojornalismo, a fim de que se dê na academia a formação necessária ao desempenho das atividades de imagem (que exigirão a formação superior). Outras medidas aprovadas foram a criação de um código de ética que diferencie tratamento de imagem de manipulação do conteúdo da imagem e a exigência a órgãos públicos para que se realizem concursos específicos para jornalistas de imagem.
