Diretor-presidente do Sindicato, Gustavo Henrique Vidal, relatou casos de ameaça à profissionais da imprensa ao secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita
Para não esquecer. O diretor-presidente do SindijorPR, Gustavo Henrique Vidal, esteve na tarde de ontem (18) na Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP). Na oportunidade, o jornalista entregou um dossiê feito pela entidade com relato dos casos de ameaça e perseguição contra profissionais da imprensa ao secretário Wagner Mesquita.
“É importante ter o apoio da SESP para que as investigações sobre esses casos caminhem rapidamente. O período que passamos no estado é de constantes ataques à liberdade de imprensa e ao direito do livre exercício profissional”, explicou Gustavo.
O SindijorPR vem registrando alguns casos de perseguição a jornalistas no Paraná. O secretário de Segurança acrescentou que qualquer profissional que se sinta ameaçado e corra risco de morte deve comunicar o Sindijor, para que encaminhe as ameaças à SESP onde medidas de prevenção serão providenciadas.
“Os jornalistas estão se mobilizando. Convocamos os profissionais da imprensa e a sociedade a ficar em campanha permanente contra esses ataques”, diz Gustavo, que completa dizendo que o ‘caso James’ não é isolado e por isso o Sindijor também encaminhou o mesmo dossiê ao Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
O secretário Wagner Mesquita se comprometeu em analisar o processo que investiga o caso do jornalista James Alberti, que está escondido após ter a sua morte encomendada. “Já se passaram dois meses do afastamento do jornalista e não temos qualquer informação sobre o avanço das investigações. Precisamos ter claro que garantia de segurança James Alberti terá para ter a sua vida de volta”, ressalta Gustavo.
O ataque à liberdade de imprensa ganhou repercussão nacional com o afastamento do jornalista James Alberti de suas atividades na RPC, após a empresa ser comunicada de uma tentativa de assassinato do profissional. A emissora mantém o jornalista fora do estado até que as investigações sejam concluídas.
Por parte da SESP, Mesquita explicou que irá tomar medidas sobre a denúncia de assassinato de Alberti. “Vamos encaminhar documento à empresa oferecendo o serviço de proteção à testemunha, o PROVITA. Também iremos falar com o delegado responsável pelo caso para saber do andamento da investigação”, concluiu Mesquita.