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12/04/2019

SindijorPR acompanha investigação do MPT na RIC


Foto: SindijorPR


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) participou de reunião nessa sexta-feira (12) com a procuradora do trabalho Mariane Josviak, responsável pelo procedimento investigatório iniciado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para verificar assédio pessoal e organizacional na Rede Independência de Comunicação (RIC). A abertura do processo foi motivada após publicação de matéria jornalística no site The Intercept Brasil com a denúncia de ameaça de morte que a jornalista Giulianne Kuiava fez contra seu ex-noivo Denian Couto, que era mantido no mesmo local de trabalho que ela, mesmo com medida protetiva, posteriormente revogada.


"Após a denúncia, o SindijorPR entrou em contato com a Giuli para prestar todo suporte institucional possível à vítima. Nós entendemos que deveríamos atuar pela ampla visibilidade do caso, como forma de rebater o entendimento da empresa de que violência de gênero é briga de casal e também porque acreditamos que a visibilização, naquele momento, era a melhor forma de preservar a vida dela e de outras mulheres que silenciam violências sofridas", explica a diretora de Ação para a Cidadania do SindijorPR, Paula Zarth Padilha.


Como medidas efetivas, o SindijorPR enviou ofício à RIC pedindo esclarecimentos sobre as condições de trabalho no local e solicitando o afastamento do acusado; também enviou ofício à Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp) solicitando acompanhamento pelo restabelecimento da medida protetiva. Oficiar o MPT seria a terceira ação, mas que já havia sido implementada pelo órgão. Outras ações desenvolvidas pelo Sindicato neste caso foram o envio de requerimentos à Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa (Alep) e à Câmara Municipal, que resultaram em abertura de debate nas duas casas legislativas.


"Mulheres vereadoras e mulheres deputadas estaduais de diversos partidos deram visibilidade à denúncia da Giuli. É importante a conscientização de que o silenciamento da violência de gênero contribui para a propagação de mais violência. ,E quando o assunto é exposto para a população, outras mulheres se sentem encorajadas a denunciarem seus agressores e a não admitirem mais essa postura em suas vidas", salienta a diretora de Comunicação do SindijorPR, Mariana Franco Ramos.


Segundo ela, a expectativa é de que, com a investigação do MPT, não só a RIC, bem como todas as demais empresas de comunicação do Estado, passem a adotar protocolos de prevenção e combate ao assédio individual e organizacional.


As duas dirigentes representaram o SindijorPR na reunião. O Sindicato vai subsidiar o MPT com as informações disponíveis sobre denúncias que tenha recebido formalmente contra a RIC. O MPT irá ouvir a jornalista Giulianne nos próximos dias para decidir os encaminhamentos do caso. A RIC já se manifestou negando que tenha sido notificada pelas autoridades sobre as denúncias de ameaça de morte relatadas e comprovadas por áudio, mas oficiou ao MPT sobre a demissão do jornalista Denian Couto.

Autor:SindijorPR
Gralha Confere TRE