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06/04/2025

07 de Abril | Dia do Jornalista: a profissão que sangra, mas não silencia

07 de Abril | Dia do Jornalista: a profissão que sangra, mas não silencia

Ser jornalista é viver entre o aplauso e a ameaça.


É escrever a história com os dedos sujos de café frio, digitar verdades enquanto o mundo grita mentiras — e ainda sorrir de canto, porque alguém precisa contar o que está acontecendo de verdade.


É carregar nas costas o peso de histórias que não são suas, mas que, de alguma forma, passam a ser.


É ouvir o choro da mãe que perdeu o filho, o desabafo do trabalhador invisível, a denúncia sufocada de quem nunca teve palco… e transformar tudo isso em palavra. Em notícia. Em memória viva.


No Paraná ou em qualquer esquina do planeta, o jornalismo resiste.


Mesmo quando o wi-fi cai, a fonte some, o chefe cobra, o salário não paga.


Mesmo quando nos chamam de “militante”, “vendido” — ou pior: de inútil.


A gente segue.


Não por heroísmo, mas porque a verdade é teimosa.


E quem vive disso, aprende a ser também.


A cada deadline, um dilema.


A cada pauta, uma batalha.


A cada ameaça velada ou explícita, uma escolha: calar ou continuar.


E a gente continua.


Porque entre o silêncio conveniente e a palavra incômoda, escolhemos a palavra.


Jornalismo não é vocação, é resistência.


É profissão com CPF, boletos e cicatrizes.


É amor na trincheira.


É transformar dado em denúncia, estatística em rosto, tragédia em mudança.


É dar nome ao que tentam esconder — e luz ao que querem manter escuro.


Hoje é Dia do Jornalista.


Gostamos de parabéns, claro.


Mas queremos apenas duas coisas: respeito à atividade profissional e o reconhecimento de que sem jornalismo não tem democracia, não tem memória, não tem futuro.


Então, pra você que hoje vive com um celular na mão, um bloquinho no bolso e a indignação na alma, nosso muito obrigado.


Por não desistir, por continuar, por ser a voz quando o mundo tenta abafar o grito.


Porque enquanto houver um jornalista de pé, a verdade não se curva.


Hoje, não basta celebrar.


É preciso reconhecer quem sangra para que a verdade sobreviva.


É preciso respeitar.


É preciso proteger.


Jornalismo se faz com profissionais diplomados, preparados tecnicamente e com compromisso ético.


Jornalismo também se faz com equidade e respeito à diversidade.


Mas, sobretudo, jornalismo se faz com jornalistas que tenham acesso à dignidade e a políticas de proteção e cuidado.


Nós informamos o Paraná.


Nós informamos o Brasil!



Curitiba, 07 de abril de 2025.


Direção do SindijorPR

Autor:SindijorPR
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