Não bastasse a data base vencida desde maio, os jornalistas do Paraná enfrentam a insegurança de, a qualquer momento, serem demitidos. Apenas na última semana, o GRPCom, maior grupo de comunicação do Estado, demitiu três jornalistas e fechou mais um posto de trabalho, levando-se em conta que, na mesma data, mais um profissional se demitiu e teve sua vaga de trabalho fechada.
Nesse cenário, os patrões se negam a dialogar com os
trabalhadores. Apesar das solicitações do SindijorPR para que as empresas
apresentem à categoria sua real situação, o retorno não existe. Neste ano mesmo,
foram duas mesas de negociação adiadas com o posicionamento, por parte dos
patrões, de negar as propostas dos jornalistas e oferecer apenas o valor do
reajuste da inflação de maio, já defasado, como proposta salarial.
“É uma preocupação insistir no índice local já que o Paraná
vem registrando impostos acima da média nacional. Pelo 2º mês seguido, a Região de Curitiba tem
a maior inflação do país. De acordo com o IBGE, o IPCA na região variou 0,47%
no mês de agosto, além da alta dos preços chegar a 8,83%, também a maior do
Brasil”, explica Gustavo Vidal, diretor-presidente do SindijorPR.
Com perspectivas difíceis, os jornalistas do Paraná se
encontram hoje em Assembleia Estadual para debater estratégias de ações da
categoria. “Não há como visualizar outra saída além da pressão coletiva
realizada pela categoria organizada. É inadmissível que os patrões façam os
trabalhadores pagarem a crise, com demissões e defasagem salarial, enquanto permanecem
com seus altos lucros”, reforça Gustavo.
A Assembleia Estadual
acontece nesta terça-feira (22), às 19h30 (2ª chamada)
Curitiba – Sede do SindijorPR (Rua José Loureiro, 211, Centro)
Cascavel – APP-Sindicato (Rua Francisco Bartinik, 2017)
Foz do Iguaçu – Subsede do SindijorPR (Av. Brasil, nº 285 - em frente ao
Chiquinho Sorvetes)
Ponta Grossa – DeJor - Depto de Jornalismo da UEPG, Centro
Acesse o edital de convocação