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20/05/2014

ASSEMBLEIA GERAL: Jornalistas se reunirão pelo estado. Piso diferenciado, NÃO!

ASSEMBLEIA GERAL: Jornalistas se reunirão pelo estado. Piso diferenciado, NÃO!

Aceitar o desrespeito tem limite? Para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná sim. Por isso a entidade que defende os jornalistas do estado convoca os trabalhadores, pois já passou da hora de se mobilizar e dar um basta na intransigência patronal.


No dia 26 de maio, ao meio dia e às 19 horas – na sede do SindijorPR, está definida a Assembleia Geral em Curitiba. Outras assembleias pelo estado serão confirmadas pelas subseções do Sindicato e representantes da entidade. Para a diretoria do Sindijor, esta é a melhor resposta a postura intransigente em não negociar as pautas de reivindicações dos trabalhadores.


Até o momento a negociação dos jornalistas encontra-se travada. A única posição das empresas de comunicação foi apresentar uma proposta (não formalizada oficialmente) de piso diferenciado, uma verdadeira afronta à história dos jornalistas que conquistaram o piso unificado com muita luta.


A posição do Sindijor é de não se abster de qualquer discussão. Porém da forma como estão se portando os patrões, a mobilização é a única resposta. Para o Sindicato, o jornalista do interior não vale menos que o da capital, ele trabalha igual e merece receber o mesmo. Sem contar que o rebaixamento no interior seria uma porta para a redução dos salários também na Capital.


Locais de trabalho: Os diretores do Sindijor vêm percorrendo os locais de trabalho para mostrar aos trabalhadores o andamento da negociação, além de entregar alguns números sobre a atual conjuntura política e econômica no setor de comunicação.


Mesa de negociação: Para tratar da Convenção Coletiva de Trabalho dos Jornalistas (2014/2015), foram apenas duas rodadas de negociação em 2014. E os patrões vieram com a mesma ladainha de que o setor não vai bem, que as empresas do interior não conseguem arcar com o valor do piso (como se R$ 2,6 mil fosse um salário gordo!). E a proposta? Os patrões novamente propõe um piso que vale menos e, ainda por cima, diferenciado por regiões.


O descaso dos patrões para com os trabalhadores é enorme. Negam-se a discutir qualquer reivindicação dos jornalistas, caso não seja aceito a redução do piso no interior. Mais uma vez a direção do Sindijor considera absurda esta postura e um dever dos trabalhadores não aceitar piso diferenciado; o piso do jornalista é um direito, uma conquista a duras penas.


Rádio: O argumento patronal de que as rádios no interior não têm como pagar o piso atual não convence. Segundo o Projeto Inter-Meios, de dezembro/2010 a dezembro/2013, o faturamento das rádios cresceu 10% no Brasil. Na região Sul, o crescimento foi ainda maior, de 16,7%. Ou seja, o crescimento do setor foi bem acima da inflação.


Faturamento: Entre 2004 e 2013, o faturamento dos meios de comunicação no Brasil aumentou 191%, enquanto a inflação do período foi de 69%. Isso significa que o faturamento aumentou 72% acima da inflação. Em contrapartida, os jornalistas tiveram um reajuste de apenas 70%, ou seja, apenas repuseram a inflação.


Querem mais um motivo para não aceitar o piso diferenciado? Hoje, segundo dados da RAIS/Ministério do Trabalho, 42,5% dos jornalistas do Brasil ganham menos de quatro salários mínimos, ou seja, já ganham abaixo do piso. Quer dizer, muitas empresas já desrespeitam o piso! O que eles querem é que a gente seja conivente com essa situação, rebaixando os salários.


Mais informações sobre a Campanha Salarial dos Jornalistas aqui. 

Autor:Regis Luís Cardoso Fonte:SindijorPR
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