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23/01/2023

SindijorPR se reúne com Comando Geral da PM do Paraná para relatar violência contra jornalistas





A violência contra jornalistas durante operações policiais no Paraná foi objeto de reunião realizada nesta sexta-feira (20) com o novo comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Sérgio Almir Teixeira.

A reunião aconteceu após a ação de PMs com o jornalista Pedro Carrano, do Brasil de Fato Paraná, que foi detido em 10/01, quando cobria o despejo forçado da ocupação Povo Sem Medo, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Pedro foi levado de camburão para a 3ª companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar, que fazia a operação impedindo a entrada de jornalistas e advogados na ocupação.

O encontro foi solicitado pelo Conselho Permanente de Direitos Humanos (COPED) e teve a participação ainda da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR), da Ouvidoria da Defensoria Pública e da Mandata Preta Giorgia Prates.

A imprensa é um dos pilares da democracia e da garantia dos direitos humanos, e tem um papel fundamental na fiscalização das ações de agentes públicos. “Embora motivado pelo caso do Pedro Carrano, o encontro de hoje foi para discutir uma prática, infelizmente, ainda comum de alguns policiais que tentam impedir o trabalho da imprensa em ações que são de interesse de toda a sociedade”, destacou a conselheira e jornalista Waleiska Fernandes.

Os representantes da Fenaj e do SindijorPR entregaram ao Comando Geral da PM um relatório com casos de violência contra jornalistas praticadas por policiais no Paraná e de casos em que a violência partiu de bolsonaristas radicais diante da omissão de policiais militares. O relatório foi entregue pelos jornalistas Célio Martins, Silvia Valim e Théa Tavares.

Entre as deliberações do encontro, estão: realização de um evento para reforçar junto às autoridades policiais a importância do trabalho da imprensa, a produção de uma cartilha com protocolos para orientar esse trabalho tanto para policiais quanto para jornalistas, e a abertura de apuração da violência contra Pedro Carrano.

Coronel Teixeira se mostrou aberto ao diálogo e disse que está disposto a colaborar para que excessos não voltem a ocorrer, de forma a garantir que as ações sejam seguras e não impeçam o trabalho da imprensa.


Redação: Coped-PR



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