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26/04/2022

Jornalistas da EPR rejeitam novo acordo de banco de horas

Profissionais entendem que acordo individual representa retrocesso face às negociações por um acordo coletivo e pedem ao SindijorPR que abra nova denúncia contra o Serviço Autônomo junto ao MPT


Jornalistas vinculados à EPR-Comunicação negaram, por unanimidade, a proposta de acordo individual de banco de horas apresentada pelo serviço social autônomo. Os jornalistas decidiram também na assembleia extraordinária realizada nesta segunda-feira (25/04) que devem entrar com nova denúncia no Ministério Público do Trabalho contra a EPR-Comunicação.


Segundo relatos dos jornalistas presentes, houve uma quebra de confiança por parte da EPR-Comunicação. No último dia 19 de abril foi encaminhado um ofício ao SindijorPR, sobre a proposta de banco de horas individual e que este seria um acordo provisório, com prazo de seis meses de vigência, tempo que, segundo a empresa, seria necessário para o trâmite interno da proposta do acordo coletivo que foi entregue pelos trabalhadores em março. O Sindicato se comprometeu em organizar uma assembleia para conversar com os jornalistas sobre a proposta do acordo provisório e solicitou que aguardassem esta reunião antes de apresentar o documento aos funcionários.


Entretanto, vários jornalistas relataram que foram interpelados pela direção da EPR-Comunicação para que assinassem o acordo individual. “Desde que estreitamos as negociações com a ex-presidente da EPR-Comunicação, caminhávamos para um bom diálogo, mas infelizmente não estamos tendo a mesma receptividade da atual gestão. Queremos construir pontes, não muros. Mas vemos a cada dia, que estão tentando barrar nosso acordo coletivo, que inclusive, em muitos pontos ajudaria a própria gestão da EPR-Comunicação. Esperamos que possamos retomar o diálogo que estávamos mantendo com a gestão anterior", comentou a diretora de comunicação e trabalhadora da EPR-Comunicação, Silvane Maltaca.


Histórico


Em julho de 2021 foi realizada uma assembleia convocada pelo SindijorPR, a pedido da própria EPR, para debater sobre proposta de reajuste dos jornalistas e demais benefícios oferecidos à época, como vale-alimentação. A deliberação dos trabalhadores que participaram da assembleia foi encaminhada à EPR e não teve respostas sobre um possível acordo.


Havia uma expectativa de uma rápida negociação, entretanto, com a contratação dos novos profissionais em outubro de 2021, o diálogo acabou paralisado. Junto com a documentação de contratação, foi entregue aos jornalistas recém-admitidos, um acordo individual de banco de horas. Devido aos termos considerados abusivos do documento, a questão então foi levada para ser debatida em uma nova assembleia de jornalistas da EPR junto ao SindijorPR, em outubro de 2021. O SindijorPR encaminhou a questão ao Ministério Público do Trabalho.


Em janeiro deste ano, representantes do SindijorPR e da direção da EPR - Comunicação se reuniram em uma audiência intermediada pelo MPT para discutir a jornada e o banco de horas dos trabalhadores, além de outras demandas anteriores dos profissionais da EPR Comunicação.


A determinação do MPT nesta reunião foi de que o SindijorPR propusesse uma proposta de acordo coletivo que solucionasse o problema do banco de horas junto à EPR-Comunicação. A partir da entrega deste documento, a EPR teria o prazo de 30 dias para apresentar a contraproposta.


Na época, a EPR Comunicação era presidida por Clecy Amadori, que se comprometeu em negociar e manter canal aberto de diálogo com os trabalhadores. Por entender que as negociações estavam encaminhadas, o MPT arquivou a denúncia do SindijorPR. Entretanto, Clecy Amadori deixou o cargo e Margot Farias assumiu a presidência da entidade. Conforme acordado, o SindijorPR entregou o documento à direção da EPR-Comunicação, mas a presidente da entidade não compareceu ao encontro. Os jornalistas ainda aguardam a contraproposta da empresa.

Autor:SindijorPR
Gralha Confere TRE