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06/09/2021

Jornalista é agredida durante cobertura na Câmara Municipal de Araucária

Jornalista é agredida durante cobertura na Câmara Municipal de Araucária

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e a Fenaj vêm, mais uma vez, repudiar veementemente agressões a jornalistas e intimidações que impeçam o livre exercício profissional. Desta vez, a vítima é Ágatha Santos, jornalista do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar).


A jornalista iria cobrir na sexta-feira, 3 de setembro, uma votação Câmara Municipal de Araucária (PR) e foi impedida de entrar no plenário. A votação do projeto de lei, que aumenta a alíquota de contribuição previdenciária, mobilizou servidores e aposentados contrários à medida.


Segundo Ágatha, a justificativa da Guarda Municipal foi a de que “o presidente da Câmara de Vereadores, Celso Nicácio (PSD), não permitiria a entrada de ninguém relacionado aos sindicatos dos Servidores de Araucária (Sifar) e ao Sismmar, inclusive jornalistas”, relata.


Após ser impedida de cobrir a votação, do lado de fora, Ágatha começou a transmitir ao vivo o secretário de Segurança Pública do município, Antonio Edison dos Santos de Souza, junto com a Guarda Municipal, contendo de forma brutal os manifestantes. Ao questionar o secretário sobre os atos violentos por parte dele e também o motivo de estar sem máscara, a jornalista passou a ser agredida.


Conforme relato de Ágatha ao SindijorPR, o secretário municipal Santos de Souza começou dando tapas na mão da jornalista, na tentativa de derrubar o smartphone que ela utilizava durante da transmissão, evoluindo para um soco, que fez o equipamento cair no chão. Neste momento a jornalista começou a utilizar outra câmera para registrar o ocorrido, quando o secretário começou a puxar o equipamento que estava preso ao corpo da profissional por um cordão quase um provocando enforcamento. O cordão se soltou do equipamento permitindo que a jornalista se afastasse do agressor.


No entanto, os guardas municipais começaram também a atacá-la com termos pejorativos agredindo verbalmente a jornalista que continuou filmando os atos. Ágatha foi atacada com um chute no joelho e na perna, foi empurrada, recebeu um soco nas costas e vários pontapés por integrantes da Guarda Municipal.


Em um dos vídeos publicados pelo Sismmar no Facebook é possível ver imagens transmitidas no local em que o secretário aparece empurrando servidoras e sem a máscara de proteção requerida como medida de contenção à COVID-19: https://www.facebook.com/147176342088381/posts/2080982398707756/


No ato, três outras pessoas ficaram feridas, sendo um deles atingido na perna com um tiro de bala de borracha.


SindijorPR e Fenaj reforçam que é inadmissível um jornalista receber qualquer tipo de intimidação e violência pelo trabalho executado, principalmente partindo de um secretário municipal e integrantes da guarda municipal.


O SindijorPR vai acompanhar o caso dando todo apoio necessário à Ágatha Santos por entender que é preciso localizar e punir os responsáveis. Uma democracia plena tem que ter uma imprensa livre.
Gralha Confere TRE