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09/07/2021

CHEGA DE PERDAS: Jornalistas rechaçam proposta patronal

CHEGA DE PERDAS: Jornalistas rechaçam proposta patronal

Jornalistas de todo o Paraná rechaçaram a proposta patronal para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2021-2022. Reunidos em Assembleia Geral conjunta, realizada na última quinta-feira, 8 de julho, convocada pelo SindijorPR e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná, os trabalhadores mostraram grande insatisfação com a tentativa dos empresários de retirarem ainda mais direitos da categoria apresentando uma proposta rebaixada, que foi rejeitada durante votação.


A assembleia conjunta dos dois sindicatos reuniu profissionais de diversas regiões do estado, o que mostra a preocupação de toda a base. “É claro o esgotamento dos jornalistas diante de tantos ataques aos direitos realizados pelas empresas. Estamos cansados desta falta de respeito e ver empresário não se importar com a condição de vida dos trabalhadores”, destaca Gustavo Henrique Vidal, diretor-presidente do Sindijor-PR.


Principais reivindicações dos jornalistas neste ano, a reposição da inflação de 7,59% e a ajuda de custo com o teletrabalho foram alvo do conhecido descaso patronal. Sem sinalizar qualquer compensação pelas despesas assumidas pelos jornalistas no ‘home office’, os empresários ainda “ofertaram” 1% de reajuste. A falta de respeito patronal se revela também com o fim do anuênio (negado na negociação de 2020), a retirada dos critérios para demissão e a redução da hora extra para 50%.


"Talvez essa tenha sido uma das piores propostas que já vimos, só que os jornalistas deram um basta ao ataque dos patrões. Toda categoria está ciente da situação das empresas, mas não pode abrir mãos de direitos que estavam acordados, o que inclui a manutenção do anuênio", diz Ticianna Mujalli, presidente do Sindijor Norte PR.


PRÓXIMOS PASSOS

Os sindicatos já têm agendada nova rodada de negociação com os patronais na próxima semana, dia 13 de julho, quando vão apresentar o resultado da assembleia e cobrar das empresas respostas à pauta de reivindicação dos trabalhadores, que foi totalmente ignorada na "contraproposta" apresentada pelas entidades patronais.


CATEGORIA MOBILIZADA

Durante a assembleia, os jornalistas das duas bases sindicais avaliaram que ações de mobilização devem ser realizadas de forma a pressionar as empresas de comunicação a valorizar os trabalhadores, que não pararam durante a pandemia, e a adequar a CCT às novas condições sanitárias de trabalho.


LINHA DO TEMPO

- 26 de abril – Assembleia aprova CCT 2020 e a Pauta de Reivindicações de 2021

- 20 de maio – Sindicatos protocolam a Pauta de Reivindicações

- 18 de junho – Patrões enviam "contraproposta"

- 30 de junho – 1ª mesa de negociação entre jornalistas e patrões

- 8 de julho – Jornalistas rejeitam a proposta patronal em Assembleia Geral

- 13 de julho – 2ª mesa de negociação entre jornalistas e patrões
Gralha Confere TRE