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28/02/2019

8 de Março: mulheres nas ruas para combater pautas que prejudicam as trabalhadoras


A Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana, fórum que reúne diversos movimentos feministas e que conta com apoio de sindicatos, centrais sindicais, entre outros, está programando para o próximo dia 8 de março, data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, uma série de atos que serão realizados no Centro de Curitiba. A pauta da marcha deste ano é a reforma da previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro, além de outros assuntos pertinentes como a questão do feminicídio.


A colaboradora de construção da marcha e a responsável pela secretaria da mulher trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Anacelie Azevedo, explica um pouco mais sobre o que a marcha 8M irá abordar. “A ideia é resgatar temas que estão acontecendo hoje. Vamos protestar contra a reforma da previdência, que irá prejudicar muito os trabalhadores. Contudo, não deixaremos de abordar outros assuntos. Vamos falar de feminicídio, sobre o aumento da tarifa de ônibus, sobre a ausência de vagas em creches. As pautas levantadas na marcha são de interesse da população”, garante.


Azevedo espera que a marcha deste ano tenha o mesmo sucesso ou até mais do que a que aconteceu no ano passado. “Ano passado tivemos aproximadamente cinco mil pessoas na manifestação. Vamos lutar para que este número seja superado. Vamos sair da praça Santos Andrade, passar pela Avenida Marechal Deodoro e encerrar a marcha na Boca Maldita. Estamos produzindo diversos materiais para mostrar para a população o estrago que o governo Bolsonaro quer fazer com a classe trabalhadora e, sobretudo, para as mulheres. Acredito que teremos um bom número de participantes”, declara.


Marielle Franco


A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, brutalmente assassinada no dia 14 de março de 2018, não será esquecida na marcha deste ano. A integrante da Rede de Mulheres Negras, Juliana Mittelbach, explicou que haverá homenagens para Marielle. “Teremos um ato específico no dia 14 de março, data que completará um ano da morte dela e que ainda não teve solução. Mas achamos que seria bom também levar a memória da Marielle para esta passeata. Queremos justiça para ela e que os responsáveis pelo crime sejam punidos”, disse.


Mittelbach contou que as mulheres negras não poderiam ficar omissas neste momento e que devem ir a peso para a marcha. “É um ato de resistência. Por Marielle. Por nós. Somos contra esta política atual que só traz retrocesso e opressão. Temos medo de morrer. Tentam desvalorizar as nossas vidas, como o que aconteceu com o rapaz morto por um segurança de um supermercado. Vamos resistir e não iremos baixar a cabeça”, garante.


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) contará com a presença de algumas de suas diretoras e apoia este protesto. "O Sindicato dos Jornalistas está articulado junto ao coletivo de mulheres cutistas também para orientar as jornalistas das redações sobre a importância de inserir a manifestação das mulheres no 8 de março nas pautas e coberturas de imprensa", destaca Paula Zarth Padilha, diretora de Ação para a Cidadania do Sindijor PR.


A Marcha 8M será realizada nas seguintes cidades:


Curitiba: concentração na Praça Santos Andrade, a partir das 12h.

Cascavel: a partir das 11h em frente da Igreja Matriz, na Avenida Brasil.

Ponta Grossa: às 13h30, no Parque Ambiental, na Avenida Vicente Machado.

Francisco Beltrão: 9h na Praça Central da cidade.

Guarapuava: 9h na Praça 9 de dezembro, no Alto da XV.

Londrina: às 18h, na Concha Acústica, no Centro.

A marcha também ocorre nas cidades de Apucarana, Foz do Iguaçu e Toledo.

Autor:Flávio Augusto Laginski Fonte:SindijorPR
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