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25/10/2018

Morte de Vladimir Herzog completa 43 anos


Dentre todos os golpes que a imprensa sofreu ao longo dos anos, talvez nenhum deles tenha causado tanta comoção quanto a morte de Vladmir Herzog, no dia 25 de outubro de 1975, nos porões do extinto Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), em São Paulo. Herzog foi brutalmente torturado até a morte pelas forças repressivas da ditadura e, na tentativa de encobrir o caso, foi criada uma farsa, com direito a foto, de que Vlado havia se suicidado.


Herzog, que era diretor de jornalismo da TV Cultura, foi voluntariamente até a sede do DOI-CODI no dia 24 de outubro para prestar esclarecimentos sobre ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). De lá, ele nunca mais saiu com vida.


A morte de Herzog acabou gerando um efeito negativo para os militares, pois o ato mostrou para o Brasil e para o mundo a forte repressão sofrida no Brasil. Um culto ecumênico na Catedral da Sé, celebrado pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, pelo rabino Henry Sobel e pelo reverendo James Wright, reuniu oito mil pessoas. Sobel, em entrevista recente para o programa Altas Horas da Rede Globo, explicou que, por conta do suposto suicídio de Herzog, ele não poderia ser enterrado em um cemitério judaico, segundo as leis do Torá. Porém, ao perceber as marcas da tortura no corpo de Herzog, o rabino permitiu que ele fosse enterrado segundo as tradições judaicas, pois não se tratava de suicídio, mas sim de assassinato.


Assim, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) relembra este caso e espera que o legado de Herzog não seja apagado por aqueles que querem ver o país na contramão do mundo.


Seguimos na luta em defesa da memória de Herzog, em defesa da nossa profissão e em defesa da democracia.#HerzogVive #HerzogPresente #DemocraciaSim #EleNão


Saiba mais sobre o Caso Herzog clicando aqui.
Autor:Flávio Augusto Laginski Fonte:SindijorPR
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