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16/08/2018

Patrões insistem na retirada de direitos dos jornalistas

Foto: Flávio Augusto Laginski


A falta de respeito com o jornalista tem sido a tônica dos patrões durante as discussões para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Em nova mesa de negociação, realizada nesta quinta-feira (16), com os sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e dos Jornalistas do Norte do Paraná (Sindijor Norte), os representantes patronais chegaram sem propostas. Pior: reapresentaram as “ofertas” feitas na mesa anterior, como a redução do valor das horas extras, fim das homologações no sindicato, liberação das demissões e dos acordos de banco de horas. Todas já foram devidamente recusadas em assembleia, mas seguem, segundo os representantes patronais, “inegociáveis” para as empresas.


Mesmo com a possibilidade de os sindicatos das empresas reavaliarem a proposta, a mesa de negociação de hoje não avançou em nada. Os trabalhadores apenas se defenderam do ataque patronal e nenhuma proposta foi analisada. Uma nova mesa deve ser agendada ainda neste mês para discutir os rumos da negociação.


Para o diretor-presidente do SindijorPR, Gustavo Vidal, a insistência patronal em apenas subtrair os nossos direitos e não apresentar algo que beneficie a categoria revela que o descaso patronal deve imperar com essa “deforma trabalhista”. “É frustrante ver a maneira como os jornalistas estão sendo tratados. Os patrões estão se esforçando em criar um ambiente hostil para a categoria e não escondem isso. Reduzir benefícios e não ter contrapartidas só vai fazer com que os profissionais desistam do jornalismo. Os patrões sabiam que não tínhamos aceitado a proposta anterior”, desabafa.


O presidente do Sindijor Norte PR, Danilo Marconi, fala que este impasse nas negociações só prejudica a categoria. “Os patrões querem retirar muitos de nossos direitos e, em troca, dar 0,3% de aumento real. É muito pouco, para não falar nada. É complicado vir de Londrina até aqui para ver que simplesmente não há proposta. Essa demora só prejudica os jornalistas, pois ficam sem a reposição e sem a proteção da CCT”, comenta.


Para Vidal, a categoria deve se mobilizar para combater este descaso patronal. “Quando pedimos a união dos jornalistas não é para ser chato ou para ajudar o SindijorPR. É para evitar que a nossa profissão fique cada vez mais desmoralizada. É para proteger a categoria. É para lutar contra a retirada dos nossos direitos. Somente unidos poderemos reverter esta situação. Por isso é importante participar das assembleias e das ações promovidas pelo sindicato. Estamos sem reajuste há mais de três meses. Vamos nos unir e mostrar a nossa força”, afirma.

Autor:Flávio Augusto Laginski Fonte:SindijorPR
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