Profissionais de diferentes veículos de comunicação procuraram o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) nesta quarta-feira (02) para relatar casos de intimidação durante a cobertura das manifestações do Dia do Trabalhador, em Curitiba.
Em uma das situações, o repórter da Rede Massa (SBT) Lucian Pichetti e o repórter-cinematográfico Everaldo Viana foram impedidos de realizar uma gravação após serem cercados por um grupo de pessoas. Os dois tiveram que sair da Praça Santos Andrade para concluir o trabalho que estavam realizando em outro ponto.
O SindijorPR, mais uma vez, repudia qualquer forma de intimidação contra equipes de reportagem e reforça sua posição em defesa do livre exercício profissional. “Além disso, temos feito o máximo esforço junto aos movimentos sociais para conscientizar sobre o respeito à integridade e dignidade dos jornalistas e a coordenação do acampamento tem se prontificado a reorientar a militância sempre que acionada”, diz a diretora Paula Zarth Padilha.
A mensagem do SindijorPR para os manifestantes será sempre reforçada: o trabalhador jornalista não pode ser confundido com a política editorial das empresas de comunicação. Os profissionais precisam ser respeitados e ter a garantia de poder executar as suas atividades em segurança.
“Desde o dia 7 de abril, quando ocorreu a formação do acampamento próximo à Polícia Federal, e quando foram registrados os primeiros casos contra jornalistas, o sindicato vem orientando profissionais e tem intensificado o diálogo com o movimento a favor do ex-presidente Lula, num esforço coletivo para assegurar a integridade dos trabalhadores”, ressalta o diretor do SindijorPR Joka Madruga. Ele avalia que este trabalho vem avançando, inclusive, com a designação de diretores sindicais para atuar de maneira mais próxima nestas situações.
O SindijorPR reforça que os profissionais que porventura venham a sofrer algum tipo de intimidação devem comunicar ao sindicato, para que possam ser adotadas as medidas cabíveis. Ainda durante os atos do Dia do Trabalhador, o Sindijor mantinha diretores na Praça Santos Andrade, conforme divulgou no início da semana.
O sindicato já estuda novas formas de agilizar a comunicação com os jornalistas, a fim de atuar de maneira pontual em situações como as que foram registradas no dia 1º. Outra medida é a tentativa de viabilizar um curso sobre o trabalho da imprensa para as lideranças e integrantes de movimentos sociais.