O Sindijorzão mostra a cada ano que é um torneio peculiar. Veja o time do Sensacionalistas, por exemplo: não é novidade que essa polêmica agremiação tem em seu DNA brigas e mais brigas em busca dos títulos do Sindijorzão. Porém, o ‘Sensa 2018’ vem com uma roupagem diferente.
Segundo o que foi apurado, tudo começou quando a dupla de cartolas ‘Rogito’ e ‘Cavadinha’ fizeram uma reunião, dessas na calada da noite, pra reformular o ‘Sensa’. Durante a reunião, eles acabaram tendo uma DR, colocaram no Netflix e fizeram uma imersão na série ‘Sons of Anarchy’. O que foi revolucionário pra eles.
Após isso, no melhor estilo ‘gangsta’, começaram a agir. Primeiro reduziram a folha salarial e encerraram vínculo com a dupla multi campeã Careca e Frank. Depois, com a grana no bolso, foram ao mercado da bola.
A lógica foi interessante. Eles não só analisaram os atletas, mas também o perfil. Assim, chegaram ao ex-Refugos ‘Bruno Motoca’. Atleta esse que não pertence simplesmente a uma agremiação, ele faz parte de uma ‘crew’ de motoqueiros.
Com esse perfil, ‘Bruno Motoca’ trouxe uma nova roupagem ao ‘Sensa’. Ele chegou, com seu cigarro aceso, conquistando o grupo. O ‘Homão da porra’, seu apelido no vestiário, transformou o roxinho numa espécie de ‘smurfs do asfalto’.
Agora os aproximadamente 70 atletas do time chegam de moto à Stark e formam um verdadeiro ‘mar roxo’. Vale lembrar que ‘Mauro Pedalada’ e ‘Boreki Pedalada’ não vão de moto, pois são bikers, além de ‘Rogito’ e ‘Cavadinha’ que usam um triciclo reforçado.
E já que falei do Sensacionalistas, lá vou eu mais uma vez lembrar que esse cidadão, o tal do Samuel Sandro – ‘O eterno bipolar’, que agora pode ser ‘tripolar’, mais uma vez aprontou das suas.
Primeiro chegou para o jogo vestido de jogador de golfe (gola polo, sapa tênis, Rolex, bermuda chique). Depois, percebendo a gafe, foi assediar o craque ‘Marcão’ – destaque do Che Master, que acabou cedendo e emprestou seus tênis pro Samuca (porque quando é pra pedir favor ele vira o Samuca – tem mais essa).
Aí o cara vai jogar com tênis emprestado, bermuda emprestada, camiseta emprestada, é óbvio que vai perder a identidade. E como é de costume, Samuel, ou Sandro, tentou brigar, levou cartão amarelo, além de fazer uma assistência e dois gols (eu acho).
Depois, já encarnado no ‘Samuca Paz e Amor’, chegou todo sorridente, como se nada tivesse acontecido, pra devolver o tênis pro ‘Marcão’. Bem estranho esse tal de Samuel ou Sandro ou Samuca.
Mas a questão da identidade é uma coisa muito doida. Ainda bem que eu não fui o único a perceber que rolou uma encarnação nas quadras do Sindijorzão.
Explico...
Não é novidade que Kássio está machucado. Mas parece que o cara fez um ‘trabalho’ na sua camiseta sagrada. Meu painho explicou que ao que tudo indica o jogador do Relevo, através de uma mandinga, conseguiu passar seus dotes de artilheiro ao primeiro que vestisse sua camiseta de jogo.
Não deu outra, Fábio, o encarnado, marcou três gols contra o atual campeão (o Che Garotos). Até o jeito de correr do cara era parecido com o do Kássio.
Depois disso, eu parei de beber na hora! Coisa que o jovem atleta de vulgo Fafá não fez.
Dizem que Fafá se embriagou pra esquecer a caneta desmoralizante que levou do ‘Niggia’. Que rolinho foi aquele!
Bom... se o Fafá se embriagou por isso eu sinceramente não sei, de qualquer forma, já é tradição no Sindijorzão uma ‘canetinha no Fafá’.
E por falar em drible... futebol arte... as atletas Naiady e Halanna, do favoritíssimo Nem Uma a Menos, tem uma parceira de habilidade este ano. Ela chama-se Leticia Paris, do time ‘Boleragem’.
De acordo com uma vítima da habilidade refinada da atleta, que preferiu não se identificar, Paris tem toda a malandragem de boleira raiz. Joga por cerveja, tira onda quando ganha as jogadas em quadra e está sempre bem posicionada pra marcar aquele gol oportunista. Ou seja, “aqui é futebol raiz, porra!”.
Bem diferentes de alguns atletas que ganham cerveja como prêmio e pedem pra trocar por... água?! Onde fomos parar?
Ah... e antes de finalizar, gostaria de parabenizar o cidadão ‘Rogito’. Incrível sua qualidade pedagógica. Aliás, jamais tinha visto, nestas décadas de crônica esportiva, uma pessoa ter tamanha paciência pra ensinar um adulto a colocar luvas.
Manasses – ‘O arqueiro’, estava com dificuldades pra saber qual era sua mão direita e qual era sua mão esquerda. Infelizmente ele chegou a colocar as luvas invertidas. O pior de tudo é que ao gesticular com sua equipe, durante o aquecimento, lembrou muito uma foca batendo palmas – era uma foca encarnada.
Aí o ‘Rogito’, como bom vivente que é, atravessou a quadra lentamente e, com toda delicadeza, ensinou ‘O arqueiro’ a colocar suas luvas. Que cena!
Mas é isso, galera... eu ainda tenho muita coisa pra dizer, só não lembro agora.
=> curta a página do Jornaldo no Face.