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03/03/2017

8M - Mulheres marcham contra a violência e a retirada de direitos

8M - Mulheres marcham contra a violência e a retirada de direitos
Foto: Valéria Kotacho Lopes
Curitiba e diversas outras cidades em todo o mundo promovem neste 8 de março uma série de mobilizações pelo Dia Internacional da Mulher. A data relembra o caso das 130 operárias que morreram em um incêndio em uma fábrica nos Estados Unidos após lutarem por melhores condições de trabalho em 1911. No Brasil, o protesto tem como temas o combate às diferentes formas de violência de gênero e a retirada de direitos. Neste ano, ativistas norte-americanas como Angela Davis e Nancy Fraser também estão convocando uma greve mundial.


Na capital paranaense, o ato “Nem Uma a Menos – Nenhum Direito a Menos” está marcado para iniciar às 17h, na Praça Santos Andrade, na escadaria do edifício da Universidade Federal do Paraná. Uma das organizadoras, Clarissa Maçaneiro Viana, explica um pouco sobre a pauta. “Nossa ideia é de informar as pessoas de que não podemos mais tolerar que as mulheres ainda sofram todo tipo de violência. Temos que combater isso. Não é aceitável que a gente sofra violência física, sexual, moral, de ser inferiorizada. Paralelo a isso, trouxemos também um assunto mais local, que é essa reforma da previdência, que irá nos prejudicar sensivelmente caso seja aprovada”.


Viana diz também que, apesar de ainda haver algum tipo de resistência contra o feminismo, a situação é mais favorável se comparada há 30 anos. “O feminismo hoje em dia é bem menos demonizado do que era no passado. As gerações mais novas entendem sua importância e buscam levar o movimento adiante. Acredito que há uma perspectiva muito boa daqui para frente”, projeta.


Depois da Praça Santos Andrade, a marcha em Curitiba passa pela Rua XV e vai até o Paço Municipal e a Praça Tiradentes, se encerrando na Boca Maldita. Haverá shows e performances sobre episódios recentes de violência contra as mulheres, a população indígena, negros, LBTIs e outras minorias. Estão agendadas, ainda, mobilizações em Paranaguá, às 18 horas, na Praça dos Leões, e em Londrina, no Calçadão, às 17 horas.


Se não for possível parar e sair às ruas, as mulheres sugerem o uso de peças de roupa da cor lilás no dia, que se pendurem bandeiras nas casas, o boicote às grandes redes (com prioridade para negócios pequenos geridos por mulheres) e ainda a interrupção de tarefas domésticas e laborais em um intervalo pré-definido. Sugerem também que as pessoas não aceitem presentes que enalteçam “a beleza e a passividade feminina”. "Se nosso trabalho não vale, produzam sem nós", diz um dos cartazes.


Os atos são encabeçados por coletivos e movimentos como a Marcha das Vadias, a União Brasileira de Mulheres, o projeto "Política por/de/para Mulheres", da UFPR, o #partidA Curitiba, o Alzira, a Marcha Mundial das Mulheres (MMM), a Rede de Mulheres Negras (RMN), a Pastoral Trans, o Gulabi Antifa, o Tuíra, o Alicerce, o Reinventando Gêneros, o Zumbi e Dandara, a Rede Feminista de Saúde, a Ação da Mulher Trabalhista e o CWB Resiste, além de estudantes secudnaristas, universitárias, professoras, partidos políticos e sindicatos de trabalhadores.


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) entende e reconhece a importância da luta das mulheres na sociedade e apoia as mobilizações do 8 de março. Para mais informações, acesse www.facebook.com/8mcuritiba
Autor:Flávio Augusto Laginski e assessorias Fonte:SindijorPR
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