A proposta do gestor do JL quer que a entidade dos trabalhadores concorde com a demissão coletiva de oito jornalistas da empresa, caso contrário o jornal será fechado. Além do JL, o grupo é detentor da RPC, Gazeta do Povo, portal G1 entre outros meios de comunicação.
O SindijorPR encara como uma afronta esta posição e enfrentará a empresa contra esse ataque aos direitos dos jornalistas. O que se pretende com essa proposta é ignorar a CCT, assinada pelos dois sindicatos de trabalhadores com sindicatos patronais, que representam o GRPCom, em sua cláusula 20ª; que estabelece regras nos casos de demissão, com objetivo justamente de impedir processos de dispensa coletiva.
O JL sabe que não pode demitir oito de seus 17 jornalistas, o que caracterizaria como demissão coletiva na redação. Para fugir da punição judicial deste procedimento, quer jogar a responsabilidade dos erros de sua administração justamente sobre o Sindicato, que é quem tem o dever de defender os direitos do trabalhador.
O perigo de os jornalistas abrirem mão de seus direitos está relacionado
diretamente com o restante da categoria. Forçar o Sindicato a aceitar infrações
à CCT abre um precedente perigoso para que empresas iniciem um processo de
redução de direitos, com base em chantagens e pressões de seus proprietários.
Abrir mão de um direito é abrir mão da sua profissão. Logo, empresários
insistirão em propostas novas de redução do piso e fim de benefícios já
garantidos por nossa CCT.
Atitudes assim não serão aceitas e serão rechaçadas pelos dois
sindicatos de jornalistas. Já vivemos no passado o assédio moral aos
profissionais para que entregassem seus direitos de bandeja para empresários. O
cenário é outro e os sindicatos devem se unir em defesa de toda a categoria. Exigimos
a manutenção dos postos de trabalho de todos os jornalistas do JL e não apenas
de nove, como deseja a empresa.
Reforçamos
nossa defesa e apoio, intransigente, a todas e todos os diretores do Sindicato
do Norte do Paraná. Como sempre o GRPCom não negocia, impõe. O SindijorPR
endossa a posição do Sindicato do Norte em não aceitar esta provocação patronal.
Direção do SindijorPR