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29/10/2014

Novo relatório do CPJ aponta que 90% das assassinatos de jornalistas seguem impunes

Novo relatório do CPJ aponta que 90% das assassinatos de jornalistas seguem impunes
As mortes dos jornalistas Tim Lopes e Paulo Rocaro são alguns dos casos impunes no Brasil
O novo relatório do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), divulgado na última terça-feira (28/10), aponta que 90% dos assassinatos de jornalistas cometidos entre 2004 e 2013 continuam impunes. A entidade alerta que a falta de justiça estimula hostilidades e mina a liberdade de imprensa.


O CPJ identificou 370 casos em que profissionais de imprensa foram mortos nos últimos dez anos em represália direta pelo exercício de seu trabalho. Em 333 deles ninguém foi condenado pelos crimes e somente nove foram concluídos com a condenação dos executores e seus mandantes. Em outros 28 alguns suspeitos foram condenados, outros morreram durante o processo, mas a maioria continua livre.


"Os ataques direcionados aos meios de comunicação têm evitado que o mundo compreenda a dimensão total da violência que ocorre na Síria. Impunidade irrestrita suprimiu reportagens críticas sobre tráfico de drogas no México, violência militante no Paquistão e corrupção na Rússia", diz o relatório.


Segundo a organização, os crimes têm um padrão geral de "intimidação contra aqueles que revelam a corrupção, expõe a má conduta política e financeira ou informam sobre crimes". Embora tenha registrado mortes em 2013, o Brasil melhorou sua situação após condenações em três casos, o maior número de punições em um único ano no período de 2004 a 2013, entre todos os países avaliados.


Apesar da melhora, o país ficou em 11º lugar no Índice Global de Impunidade do CPJ de 2014, com nove assassinatos não solucionados nos dez anos anteriores. O relatório aponta que a violência no país atinge mais jornalistas do interior que da capital e envolve a cobertura de corrupção, crimes e política local.


A impunidade cresceu em uma média de 56% entre 2008 e 2014. O local mais afetado foi a Somália, onde o índice de casos não solucionados quadruplicou. O país é seguido do Paquistão, México e as Filipinas.
Autor:Redação Portal da Imprensa Fonte:Redação Portal da Imprensa
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