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28/08/2014

Operação Condor: Nobel da Paz participa de audiência em Curitiba

Operação Condor: Nobel da Paz participa de audiência em Curitiba

O Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça e a Comissão Estadual da Verdade – Teresa Urban (Grupo de Trabalho Operação Condor), a Comissão Nacional da Verdade e a UFPR realizam nos dia 1 e 2 de setembro audiência pública para aprofundar as investigações sobre a Operação Condor.

Também conhecida como Carcará, no Brasil, a Operação foi uma aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul — Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai com a CIA dos Estados Unidos, levada a cabo nas décadas de 1970 e 1980 — criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras, eliminar líderes de esquerda instalados nos países do Cone Sul e para reagir à OLAS, Organização Latino-Americana de Solidariedade, criada por Fidel Castro.



Montada por iniciativa do governo chileno, a Operação Condor durou até a onda de redemocratização, na década seguinte. A operação, liderada por militares da América Latina, foi batizada com o nome do condor, abutre típico dos Andes que se alimenta de carniça, como os urubus.



Participarão da audiência em Curitiba o prêmio Nobel da Paz – 1980 Adolfo Pérez Esquivel; o jornalista e pesquisador, Aluízio Palmar , autor do livro “Onde vocês enterraram nosso mortos”; a coordenadora do Serviço de Paz e Justiça do Uruguai Ana Juanche; o representante do Movimento de Justiça e Direitos Humanos- Brasil Jair Krischke; a representante do Ministério das Relações Exteriores da Argentina Maria Teresa Piñero e a membro da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Cardoso.



Adolfo Pérez Equivel se dedicou a defender os direitos humanos no continente e difundir a não-violência ativa como instrumento de transformação da realidade e de enfrentamento dos crimes de tortura e desaparecimento forçado de militantes políticos e agentes comunitários e pastorais, praticados pelas ditaduras militares que haviam se instalado por toda a América Latina com o apoio dos Estados Unidos, que viviam o auge da Guerra Fria com a União Soviética. Por essa iniciativa, recebeu o Nobel da Paz de 1980. Fundou o jornal da Paz e Justiça em 1973 e, a partir de 1974 se tornou seu secretário. A publicação se tornou a voz do movimento pacifista na América Latina.Entre 1977 e 1979, foi preso por questões políticas. Durante esta reclusão recebeu o Prêmio Memorial da Paz Juan XXIII, entregue Pela Organização Pax Christi Internacional.



Rosa Maria Cardoso da Cunha, membro da Comissão Nacional da Verdade e coordenadora do grupo de trabalho Operação Condor, é advogada e professora universitária. Criminalista, atuou em defesa de presos políticos no RJ, em SP e no DF. Na advocacia tem trabalhado particularmente nos delitos previstos na legislação penal especial. Integrou o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (1999/2002) e foi Secretaria Adjunta de Justiça do Estado do Rio de Janeiro(91/94). Foi a quarta coordenadora da CNV, entre maio e agosto de 2013.



Aluízio Ferreira Palmar nasceu em 1943 em São Fidélis, no Rio de Janeiro. Em sua juventude estudou Ciências Sociais na Universidade Federal Fluminense e, devido à sua militância revolucionária, foi preso e banido do país. Com a anistia voltou ao Brasil e se radicou em Foz do Iguaçu (PR), onde começou suas atividades como jornalista profissional trabalhando no semanário. É autor do livro Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?, que revela os últimos passos de seis guerrilheiros que estavam na Argentina e desapareceram ao ingressar no Brasil para promover ações armadas no Sul do país.



Maria Teresa Piñero é responsável pelo departamento de recuperação da memória histórica do ministério das relações exteriores da Argentina onde estão os documentos do período da ditadura argentina e da operação condor. Também e resposável pelo relacionamento com as Comissões e Comitês Internacionais que tratam das graves violações ocorridas nas ditaduras do Continente Latino Américana.



Ana Juanche, consultora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e membro da Instituição Nacional dos Direitos Humanos e Defensora do Povo do Uruguai. É também coordenadora latino-americana do Serviço Paz e Justiça na América Latina- SERPAJ AL.



Jair Krischke, fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), foi agraciado com a Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara do Senado Federal. Tem forte atuação na denúncia de violações de direitos humanos na área do Cone Sul durante os anos das ditaduras militares. Cerca de dois mil perseguidos nos regimes militares d região escaparam da morte e ganharam a sobrevivência no exílio graças à atuação de Krischke e do MIDH.



Programação

Abertura

1º de setembro e 2014 – das 19 horas às 22 horas

Continuidade dos trabalhos:

02 de setembro: palestras, debates e testemunhos – das 9 horas às 18 horas

Local: Teatro da Reitoria da UFPR

Rua XV de Novembro, 1299, 80060-140 Curitiba

Autor:Forum Verdade (UFPR) Fonte:Forum Verdade (UFPR)
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