Até o momento a negociação dos jornalistas encontra-se travada. A única posição das empresas de comunicação foi apresentar uma proposta (não formalizada oficialmente) de piso diferenciado, uma verdadeira afronta à história dos jornalistas que conquistaram o piso unificado com muita luta.
A posição do Sindijor é de não se abster de qualquer discussão. Porém da forma como estão se portando os patrões, a mobilização é a única resposta. Para o Sindicato, o jornalista do interior não vale menos que o da capital, ele trabalha igual e merece receber o mesmo. Sem contar que o rebaixamento no interior seria uma porta para a redução dos salários também na Capital.
Locais de trabalho:Os diretores do Sindijor vêm percorrendo os locais de trabalho para mostrar aos trabalhadores o andamento da negociação, além de entregar alguns números sobre a atual conjuntura política e econômica no setor de comunicação.
Mesa de negociação:Para tratar da Convenção Coletiva de Trabalho dos Jornalistas (2014/2015), foram apenas duas rodadas de negociação em 2014. E os patrões vieram com a mesma ladainha de que o setor não vai bem, que as empresas do interior não conseguem arcar com o valor do piso (como se R$ 2,6 mil fosse um salário gordo!). E a proposta? Os patrões novamente propõe um piso que vale menos e, ainda por cima, diferenciado por regiões.
O descaso dos patrões para com os trabalhadores é enorme. Negam-se a discutir qualquer reivindicação dos jornalistas, caso não seja aceito a redução do piso no interior. Mais uma vez a direção do Sindijor considera absurda esta postura e um dever dos trabalhadores não aceitar piso diferenciado; o piso do jornalista é um direito, uma conquista a duras penas.
Rádio:O argumento patronal de que as rádios no interior não têm como pagar o piso atual não convence. Segundo o Projeto Inter-Meios, de dezembro/2010 a dezembro/2013, o faturamento das rádios cresceu 10% no Brasil. Na região Sul, o crescimento foi ainda maior, de 16,7%. Ou seja, o crescimento do setor foi bem acima da inflação.
Faturamento: Entre 2004 e 2013, o faturamento dos meios de comunicação no Brasil aumentou 191%, enquanto a inflação do período foi de 69%. Isso significa que o faturamento aumentou 72% acima da inflação. Em contrapartida, os jornalistas tiveram um reajuste de apenas 70%, ou seja, apenas repuseram a inflação.
Querem mais um motivo para não aceitar o piso diferenciado? Hoje, segundo dados da RAIS/Ministério do Trabalho, 42,5% dos jornalistas do Brasil ganham menos de quatro salários mínimos, ou seja, já ganham abaixo do piso.Quer dizer, muitas empresas já desrespeitam o piso! O que eles querem é que a gente seja conivente com essa situação, rebaixando os salários.
Assembleia dos jornalistas
Pato Branco:
Data: 29 de maio (quinta-feira)
Horário: 16 horas.
Local: Câmara de Vereadores de Pato Branco - Rua Araribóia, 491, Pato Branco - PR, 85505-030
Contato: (46) 8805 0887 (betorossatti@gmail.com) - Beto Rossatti.
Ponta Grossa:
Data: 29 de maio (quinta-feira)
Horário: 20 horas
Local: DeJor - Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Campus Central - Praça Santos Andrade.
Contato: 42 9925 8542 (Aline Rios).
Cascavel:
Data: 31 de maio (sábado)
Horário: 14h30
Local: App Sindicato / Rua Francisco Bartinik, 2017, 85817-220 - Cascavel, Parana, Brazil
Contato: (45) 9117 0827 (Julio Carignano - Diretor Administrativo do Interior)
Foz do Iguaçu:
Data: 2 de junho (segunda-feira)
Horário: 19h30