Jornalistas do GRPCOM e Sindijor farão reunião para discutir questões trabalhistas

Direitos trabalhistas. Os jornalistas do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná farão reunião na sede do Sindicato. O encontro está marcado para o dia 22 de abril, próxima terça-feira (Rua José Loureiro, 211). “O objetivo é ouvir os jornalistas sobre questões importantes relativas ao dia a dia nos locais de trabalho”, explica Guilherme Carvalho, diretor presidente do Sindijor.

Os principais itens são referentes à exclusividade do profissional no veículo de comunicação, o uso de conteúdo produzido pelo mesmo trabalhador em mais mídias pelo mesmo grupo de comunicação, descumprimento do acordo de extensão de jornada e o não pagamento de horas extras, batida automático do cartão ponto e auxílio alimentação.

Horas Extras para editores: outro item se refere à questão da jornada para editor e o pagamento referente ao período além das 5 horas estipuladas em lei. Vale lembrar que no dia 23 de março, o Sindijor publicou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho referente a realização de jornada acima do previsto na legislação. Pela decisão (lei acórdão aqui) o jornal Gazeta do Povo não poderia cobrar a jornada acima das 5 horas diárias da jornalista Érika Busani, contratada na época como "editora assistente".

O argumento para a concessão do direito utilizado pelos juízes é de que o cargo de editor assistente não correspondia à cargo de confiança, conforme previsto na CLT. Agora, ela deve receber os valores em forma de horas extras, com adicional de 100%. A ação judicial foi elaborada pelo advogado João Natal Bertotti.

Vitórias anteriores

O SindijorPR já obteve vitórias neste sentido, garantindo que editores também tivessem reconhecido o direito a 5 horas. É o caso dos editores do jornal Folha de Londrina e do Estado do Paraná e Tribuna do Paraná, quando estes últimos dois ainda faziam parte do Grupo Paulo Pimentel. A ação coletiva ganha pelo sindicato em 2012 ( leia aqui) garantiu o pagamento de horas extras aos editores atingindo valores próximos aos R$ 9 milhões.