Sindijor lamenta ameaça a emprego dos trabalhadores da RTVE

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná lamenta que uma briga política resulte na ameaça ao emprego de dezenas de profissionais da Rádio e Televisão Educativa do Paraná, dos quais 60 são jornalistas. Hoje, a emissora estatal e os funcionários foram notificados da liminar obtida pelo vereador curitibano Fábio Camargo (PFL) que suspende as contratações feitas sem concurso público na autarquia estadual. A situação estava se encaminhando para a regularização por meio de um teste seletivo simplificado (condicionado a um futuro concurso público), que também foi suspenso por ordem judicial. Agora, 170 trabalhadores – alguns dos quais trabalhando há vários anos com cachês – estão ameaçados de perder o trabalho. A emissora tem 30 dias para regularizar a situação, substituindo os profissionais sem contrato por outros do quadro de funcionários do Estado. Até este prazo, o governo do Estado tentará uma solução para derrubar a liminar e manter o teste seletivo simplificado, que deveria ocorrer num prazo de dois a três meses. Além de criar um clima de insegurança entre os trabalhadores das emissoras de TV e das duas rádios, a liminar ainda bloqueou a discussão sobre a figura jurídica da hoje autarquia. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná considera que este movimento pela dispensa de trabalhadores é desumano, contraproducente e infeliz, pois além de não trazer solução alguma para o problema, só o complica enormemente, causando o desemprego e a desgraça para os profissionais que dignamente realizavam seu trabalho. A opção pelo teste simplificado – sinalizando para um concurso público efetivo em breve – parecia razoável para contornar a situação precária de trabalho destes profissionais. O Sindijor deplora e espera que o bom-senso impere na busca de uma solução que contemple estes profissionais que não podem ficar à mercê de uma queda-de-braço entre forças políticas antagônicas. Esta situação revela que a saída apropriada para este impasse passa necessariamente por um concurso público efetivo, que dará estabilidade e liberdade de trabalho aos profissionais das emissoras.