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09/03/2014

Amplos debates e homenagens marcaram segundo dia do 7º Congresso

Amplos debates e homenagens marcaram segundo dia do 7º Congresso
Edésio Passo e Milton Ivan Heller, símbolos de resistência foram homenageados (foto: Theo Marques)

Dia especial! Debates que refletem o dia a dia do jornalismo e o reconhecimento, por parte do Sindicato, aos jornalistas Milton Ivan Heller e Edésio Passos, símbolos de resistência no Paraná


No segundo dia do 7º Congresso Paranaense dos Jornalistas, discussões com temas atuais e relatos sobre a violência contra a imprensa nos dias atuais (tanto em manifestações de rua quanto como reflexo da violência em todas as áreas de trabalho no país) se destacaram. Na programação, a questão do estágio e novas diretrizes curriculares nos cursos de jornalismo nas universidades, completou a programação.


Saiba como foi o segundo dia do Congresso:


O sábado (8) começou com o painel "A ética no jornalismo", apresentado pelo jornalista Hamilton Cezário - Presidente do Conselho de Ética do SindijorPR. Já a primeira mesa de debate do dia, “Organização sindical de jornalistas”, contou com a participação de Edésio Passos - advogado e ex-dirigente do SindijorPR; na mediação Ayoub Hanna Ayoub – Sindicato Jornalistas Norte PR; Valci Zucoloto – Sindicato Jornalistas SC e secretária da FENAJ; Wemerson Pinheiro (Ceará) – SindijorPR (Foz do Iguaçu) e Emerson Castro – ex-presidente do SindijorPR e autor do livro “Uma tribo e suas trilhas num sindicato”.


História: no debate “Organização sindical de jornalistas”, Edésio Passos contou um pouco de sua história como sindicalista, principalmente junto ao Sindijor. O advogado foi um dos responsáveis pela greve dos jornalistas de 1963. “Só foi possível fazer a greve por causa de algumas especificidades”, disse Passos, contextualizando a década de 60 e a efervescência política do período.


Na continuidade do debate, Wemerson Pinheiro (Ceará) – SindijorPR (Foz do Iguaçu), compartilhou questões do interior do estado e salientou que o Sindicato precisa criar alternativas para aumentar os vínculos sindicais. “Temos vontade e queremos mudar a situação da profissão. Por isso a importância do evento”, frisou Ceará. Também Emerson Castro, ex-presidente do SindijorPR e autor do livro “Uma tribo e suas trilhas num sindicato”, completou a discussão: “é fundamental entender o funcionamento da categoria”.


Mulheres: no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, Valci Zucoloto, do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catariana e secretária da FENAJ, lembrou que no Brasil "64% dos jornalistas são mulheres”.


Homenagens: o momento mais emocionante do Congresso foi às homenagens aos profissionais Milton Ivan Heller e Edésio Passo, símbolos de resistência no Paraná. Este ano, o golpe de 64 completa 50 anos, e Heller lançará o livro "A CIA e a Quartelada - os 50 anos do golpe de 64", dia 28 de março, na Biblioteca Pública do Paraná. Milton recebeu das mãos de Julio Tarnowski Junior (ex-presidente do Sindijor) e Maigue Gueths (diretora do Sindijor) o reconhecimento pelos anos de luta do Sindijor.


Heller brincou nostálgico e emocionado, "alguns jornalistas têm a mania de morrer!". Os anos de chumbo deixaram marcas em todos os profissionais que viveram este período da história do Brasil. "Muitos jornalistas nunca mais conseguiram voltar ao mercado de trabalho!", completou o homenageado.


“O jornalista tem que entender de tudo, participar, estar vivo no processo. Eu não era redator. Eu era repórter. Tinha que estar na rua, vivendo com o povo, e isso foi extremamente importante” – declaração que está no livro: Edésio Passos – 50 anos de advocacia. Passos foi fundamental na greve dos jornalistas de 63 e recebeu do ex-presidente do Sindijor, Emerson Castro, a homenagem do Sindijor.


"Violência contra jornalistas e criminalização dos movimentos": esta mesa de debates recebeu o jornalista Paulo Zochi (Sindicato dos Jornalistas de Sindicato Jornalistas São Paulo); o intermediador Pedro Carrano (Sindijor); Mauri Konig (jornalista da Gazeta do Povo e membro da ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo); Franklin Freitas Arfoc Paraná e repórter fotográfico) e Camila Marins (Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro). A discussão aprofundou a situação dos riscos dos trabalhadores no dia a dia da profissão. “A impunidade é um problema, a probabilidade da punição é mínima e isso alimenta a violência. Precisamos defender um ao outro, defender uma causa maior”, defendeu Mauri Konig (jornalista da Gazeta do Povo e membro da ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).


GT´s: no período da tarde, os diretores do Sindijor, delegados e observadores estudaram o Caderno de Teses do Congresso. Os quatro eixos GT´s são os Desafios da ação sindical de jornalistas do Paraná; Em defesa da mídia pública; Condições de trabalho; Formação profissional.


“Qualidade de ensino no jornalismo: estágio e novas diretrizes”: a última mesa de debates do sábado (8) recebeu Mário Messagi Jr. – professor da UFPR e membro do comitê de ética da Fenaj; o mediador jornalista Élson Faxina e Sérgio Gadini – coordenador do Mestrado em Jornalismo da UEPG e ex-presidente da FNPJ. As falas foram direcionadas a explicar e defender as novas diretrizes curriculares de jornalismo: "É uma inovação. Com uma série de características recentes que definem uma profissão", explica Messagi. "É um avanço, vai colocar mais concretamente a criação de um profissional de jornalismo", completa Gadini.


Também no sábado (8) o Sindijor apresentou oficialmente o novo site. “Novas ferramentas para atender as principais demandas dos usuários. O principal objetivo é garantir acesso à informação, serviços e campanhas realizadas pela entidade, considerando princípios de acessibilidade para a internet”, explicou Guilherme Carvalho, presidente do Sindicato. O 7º Congresso Paranaense dos Jornalistas conta com patrocínio da Itaipu e Ocepar, apoio do Centro Europeu, APP Sindicato, Sanepar e Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná.

Por Regis Luís Cardoso (Foto: Theo Marques). 

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